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Inadimplência volta a crescer em SP: números preocupam

Crescimento da inadimplência em São Paulo reflete a situação econômica do país, segundo especialist

2 abr 2024 - 06h10
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Resumo
Um levantamento do SPC Brasil e da FCDLESP indicou que a inadimplência anual em São Paulo aumentou 5,24%, acima da média da região Sudeste e nacional. Em relação ao mês anterior, houve uma queda de 1,48% na quantidade de dívidas inadimplentes.
Foto: Freepik

Um levantamento feito pelo SPC Brasil em parceria com a FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do estado de São Paulo) indicou que a inadimplência no mês de fevereiro para a região avançou 5,24% em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

O dado ficou acima da média da região Sudeste (3,50%) e acima da média nacional, indicando 2,79%. Já entre o período de janeiro a fevereiro, o número de devedores de São Paulo caiu 1,84%. Na região Sudeste, a variação foi de 0,96%.

"O crescimento da inadimplência em São Paulo reflete a situação econômica do país. A dívida pública do país fechou o ano de 2023 em R$ 6,52 trilhões, demonstrando um avanço de 9,56% em comparação com o ano anterior, que marcou R$ 5,95 trilhões. Esses valores, por consequência, impactam diretamente o brasileiro”, comenta Maurício Stainoff, presidente da FCDLESP. 

Segundo a pesquisa, em fevereiro de 2024, a média das dívidas de cada consumidor negativado em São Paulo era de R$ 5.330,44. Dos consumidores do estado, 24,85% tinham dívidas de até R$ 500, enquanto 37,59% tinham dívidas de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso para os devedores é de 26 meses (2 anos e 2 meses), com 40,63% deles ficando inadimplentes por um período de 1 a 3 anos.

Reincidência de inadimplentes

O Indicador de Reincidência de Pessoas Físicas do SPC Brasil, em parceria com a FCDLESP, mede a quantidade de consumidores que apareceram nos cadastros de inadimplentes no mês de fevereiro e que já tinham aparecido nos cadastros de inadimplentes nos últimos 12 meses. Se, nesse intervalo, o consumidor foi negativado apenas uma vez, não é considerado reincidente. 

Em fevereiro deste ano, a maioria das negativações em São Paulo (86,25%) era de pessoas que já tinham sido incluídas no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses. Isso inclui dois casos: aqueles que continuaram com dívidas não pagas e foram negativados novamente, e aqueles que, mesmo tendo quitado as dívidas anteriores, voltaram a ser incluídos na lista de inadimplentes.

Do total de negativações, 62,58% eram de consumidores que ainda não haviam quitado suas dívidas antigas até fevereiro. Além disso, 23,68% das negativações foram de consumidores que haviam saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram em fevereiro. 

Por fim, 13,75% das negativações não foram de consumidores reincidentes nos últimos 12 meses, o que significa que uma pequena parcela dos devedores não havia enfrentado restrições no CPF ao longo desse período.

Dívidas ao longo do tempo

O volume de dívidas em atraso dos residentes de São Paulo aumentou 10,25% em comparação com fevereiro de 2023. Esse aumento superou a média da região Sudeste (7,40%) e a média nacional (6,32%). 

Em relação ao mês anterior, houve uma queda de 1,48% no número de dívidas em São Paulo, enquanto na região Sudeste essa variação foi de 0,67%.

Em fevereiro, a maior parte dos devedores em São Paulo tinham entre 30 e 39 anos, representando 25,64% do total. Quanto ao sexo, tanto homens quanto mulheres contribuíram de forma equilibrada, com 50,24% sendo mulheres e 49,76% homens.

Em todo o estado, cada consumidor inadimplente em São Paulo tinha em média 2,146 dívidas em atraso. O número ficou acima da média da região Sudeste (2,140 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (2,105 dívidas para cada pessoa inadimplente). 

“Com o período pós-festivo, como o carnaval, muitos consumidores enfrentam um cenário de maior pressão financeira, contribuindo para o aumento da inadimplência", explica Stainoff.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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