Indicado para Comércio diz que Canadá e México podem evitar tarifas; promete restrições à tecnologia para China
O indicado do presidente Donald Trump para comandar o Departamento de Comércio, Howard Lutnick, disse nesta quarta-feira que Canadá e México podem evitar tarifas dos EUA se agirem rapidamente para fechar suas fronteiras ao fentanil e prometeu desacelerar o avanço da China em inteligência artificial.
Lutnick, um presidente-executivo bilionário de Wall Street, afirmou em sua audiência de confirmação no Senado dos EUA que aconselhou Trump a adotar tarifas país por país para restaurar a "reciprocidade" nas relações comerciais dos Estados Unidos. Ele também disse que aplicaria restrições mais fortes ao acesso da China à tecnologia dos EUA, incluindo semicondutores avançados de IA.
Segundo Lutnick, o prazo de sábado anunciado por Trump para a imposição de tarifas de 25% sobre os produtos de Canadá e México tem o objetivo de pressionar os dois países a interromper o fluxo de fentanil para os EUA. As ameaças tarifárias são separadas da ampla revisão de tarifas, acordos comerciais e outras políticas comerciais dos EUA ordenada por Trump quando ele assumiu o cargo na semana passada.
"Portanto, essa é uma tarifa separada para criar uma ação do México e uma ação do Canadá", disse Lutnick sobre a ameaça da tarifa de 25%. "E, até onde sei, eles estão agindo rapidamente e, se o fizerem, não haverá tarifa."
CORRIDA DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COM A CHINA
Após a reação do mercado financeiro dos EUA ao surgimento do poderoso modelo de IA generativa de baixo custo da startup chinesa DeepSeek, os membros do Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado perguntaram repetidamente a Lutnick sobre como ele manteria a liderança dos EUA em IA.
Lutnick disse que o DeepSeek havia se apropriado indevidamente da tecnologia dos EUA para criar um modelo de IA "muito barato" e prometeu impor novas restrições ao acesso de Pequim à tecnologia.
"Eles roubaram coisas. Eles invadiram. Eles se apropriaram de nossa propriedade intelectual", afirmou Lutnick sobre a China. "Isso tem que acabar, e eu serei rigoroso em nossa busca por restrições e na aplicação dessas restrições para nos manter na liderança, porque precisamos permanecer na liderança."
![Reuters](https://p2.trrsf.com/image/fget/sc/80/30/images.terra.com/2016/04/04/reuters-brasil-novo2.jpg)