Inflação da baixa renda avança 6,24% em 12 meses, diz FGV
Em outubro, variação do indicador superou a taxa de inflação para o conjunto da população
A alta nos preços de roupas, artigos de higiene pessoal, tarifas de telefone e alimentos para animais domésticos pressionou a inflação para consumidores de baixa renda. Em outubro, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) avançou 0,46%, resultado idêntico ao registrado em setembro, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com este resultado, o indicador – que mede a inflação para consumidores que ganham até 2,5 salários mínimos – acumula alta de 4,97% no ano. Em 12 meses, a variação apurada é de 6,24%, próximo ao teto da meta do Banco Central, de 6,5%.
De acordo com a FGV, a inflação para a baixa renda superou a taxa para o conjunto da população em outubro. O Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR) variou 0,43% no mês passado. Em 12 meses, no entanto, o indicador acumula alta de 6,84%, superando o IPC-C1.
Setores
A alta em outubro foi pressionada por metade dos grupos de despesas que compõem o indicador. A categoria vestuário foi a que registrou maior avanço, de 0,96%, seguida por saúde e cuidados pessoais (0,57%), comunicação (0,31%) e despesas diversas (0,13%). Nestes grupos, os destaques foram os preços das roupas (0,91%), artigos de higiene pessoal (0,87%), tarifa de telefone residencial (0,11%) e ração para animais domésticos (0,38%), respectivamente.
Por outro lado, quatro categorias apresentam variação menor do que em setembro: habitação (0,55%), transportes (0,12%), alimentação (0,43%) e educação, leitura e recreação (0,38%), apesar de nenhuma classe de despesa ter registrado deflação no período.