Inflação da baixa renda fecha 2014 com alta de 6,29%
Alta dos preços para famílias que ganham até 2,5 salários mínimos foi menor do que para as que têm rendimentos superiores a esse valor
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) que mede a inflação para a população que ganha até 2,5 salários fechou o mês de dezembro do ano passado com alta de 0,70%, o que levou o indicador a fechar o acumulado de 2014 com variação de 6,29%. O IPC-C1 é pesquisado no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador.
Em dezembro, a variação do indicador foi inferior ao registrado pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que teve alta de 0,75%. No acumulado do ano passado, o índice que mede a variação dos preços para a baixa renda também foi inferior ao do conjunto da população, que oscilou 6,87%.
O resultado também ficou abaixo do registrado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do País, que terminou o ano passado em 6,41%.
Segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo: Alimentação, que passou de 0,76% para 1,05%; Transportes (de 0,08% para 0,72%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,22% para 0,40%); Vestuário (0,41% para 0,59%); Comunicação (0,27% para 0,56%); e Despesas Diversas (0,20% para 0,24%).
Nestes grupos, os destaques partiram dos itens: arroz e feijão (-0,82% para 3,26%), tarifa de ônibus urbano (-0,48% para 0,59%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,19% para 0,36%), roupas (0,22% para 0,81%), tarifa de telefone móvel (0,59% para 1,28%) e clínica veterinária (0,04% para 2,30%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (0,76% para 0,55%) e Educação, Leitura e Recreação (1% para 0,43%) apresentaram decréscimo nas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: tarifa de eletricidade residencial (2,81% para 1,14%) e hotel (1,74% para -0,99%).
Com informações da Agência Brasil