Inflação do aluguel recua em maio com deflação no atacado
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) caiu 0,13% em maio, após alta de 0,78% em abril, em meio à deflação dos preços no atacado, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters era de variação negativa de 0,01%, segundo a mediana de 25 projeções.
Na segunda prévia de maio o indicador tinha registrado variação negativa de 0,04%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve recuo de 0,65% em maio, após avanço de 0,79% no mês anterior. O destaque ficou para a deflação de 0,68% dos produtos agropecuários, após alta de 2% no mês anterior.
Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30% no IGP-M, avançou 0,68%, ante alta de 0,82% em abril. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 1,37%, acelerando ante a alta de 0,67% vista anteriormente. O INCC responde por 10% do IGP.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter, "neste momento", a taxa básica de juros em 11% ao ano, encerrando o ciclo de aperto monetário, ainda que a inflação ao consumidor siga em níveis elevados.
Dirigentes do BC têm argumentado que os efeitos da política monetária ocorrem com "defasagens" e que a recente inflação nos preços dos alimentos é temporária. O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.