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Inflação do Japão impulsionada pela demanda desacelera e afeta trajetória de aumento de juros

21 jun 2024 - 08h33
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O núcleo da inflação do Japão acelerou em maio devido aos impostos sobre a energia, mas um índice que elimina o efeito do combustível desacelerou pelo nono mês consecutivo, mostraram dados nesta sexta-feira, complicando a decisão do banco central sobre quando aumentar a taxa de juros.

A desaceleração do chamado "núcleo do núcleo" da inflação, que é observado de perto pelo Banco do Japão como um indicador importante dos movimentos de preços impulsionados pela demanda, lança dúvidas sobre a visão do banco de que o aumento dos salários sustentará o consumo e manterá a inflação no caminho certo para atingir de forma duradoura sua meta de 2%.

O núcleo do índice de preços ao consumidor, que exclui alimentos frescos, aumentou 2,5% em maio em relação ao ano anterior, segundo dados do governo, acelerando ante a alta de 2,2% do mês anterior, devido, em grande parte, a um aumento na taxa de energia renovável. O resultado ficou em linha com a previsão do mercado de um aumento de 2,6%.

Porém, a inflação medida por um índice que exclui alimentos frescos e combustíveis desacelerou para 2,1% em maio, de 2,4% em abril, marcando o menor aumento anual desde setembro de 2022.

A inflação de serviços do setor privado desacelerou para 2,2% em maio, de 2,4% no mês anterior, sugerindo que as empresas continuaram cautelosas em repassar os custos de mão de obra.

"O Banco do Japão tem argumentado que os fortes aumentos salariais acordados nas negociações da primavera deste ano acabarão por impulsionar a inflação de serviços, mas até agora há poucas evidências de que isso esteja acontecendo", disse Marcel Thieliant, chefe de Ásia-Pacífico da Capital Economics.

Um novo aumento nos preços do petróleo bruto e o impulso dos custos de importação devido ao enfraquecimento do iene confundem as perspectivas para a inflação.

Analistas preveem que o núcleo do índice de preços acelere para perto de 3% neste mês devido ao aumento dos custos das matérias-primas. No entanto, essa pressão pode prejudicar o consumo e desencorajar as empresas a aumentar os preços, dificultando os esforços do Banco do Japão para manter a inflação subjacente, impulsionada pela demanda, em torno de sua meta de 2%.

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