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Inflação em 12 meses atinge 6,75%, maior nível desde 2011

Alta de 0,57% em setembro deixou o IPCA distante do teto da meta do Banco Central, de 6,5%

8 out 2014 - 09h26
(atualizado às 10h03)
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<p>A inflação tem ficado acima de 6% há meses, mesmo com a política de juros elevados do Banco Central</p>
A inflação tem ficado acima de 6% há meses, mesmo com a política de juros elevados do Banco Central
Foto: Bruno Domingos / Reuters

A inflação oficial brasileira surpreendeu em setembro ao, em 12 meses, atingir o maior nível em quase três anos e se afastar ainda mais do teto da meta do governo, impulsionada pelos preços de alimentos às vésperas da realização do acirrado segundo turno da eleição presidencial.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,57% no mês passado, acumulando em 12 meses 6,75%, maior nível desde outubro de 2011 (6,97%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira,

Em agosto, o indicador havia avançado 0,25% na base mensal, acumulando em 12 meses 6,51%, já acima do teto da meta oficial - 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Os números de setembro do IPCA ficaram bem acima das expectativas em pesquisa da Reuters, cujas medianas apontavam alta de 0,47% na comparação mensal e 6,64% em 12 meses.

A inflação tem ficado acima de 6% há meses, mesmo com a política de juros elevados do Banco Central, tornando-se um dos principais problemas para a presidente Dilma Rouseff (PT), que tem pela frente uma disputa bastante apertada com o candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno das eleições.

No mês passado, segundo o IBGE, o maior impacto de alta veio do grupo Alimentação e Bebidas, cujo preços subiram 0,78%, respondendo por 0,19 ponto percentual do indicador. Com isso, o grupo deixou para trás três meses de queda nos preços.

Também pesaram em setembro a inflação nos grupos Habitação (0,77%) e Transporte (0,63%).

O IBGE informou ainda que os preços administrados, que pressionam a inflação neste ano e devem pesar também em 2015, desaceleraram a alta a 0,40% no mês passado, contra 0,51% em agosto.

Por outro lado, os custos de serviços, outra fonte de pressão, aceleraram a alta a 0,77% em setembro, sobre 0,59% no mês anterior.

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