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Inflação global ainda não foi derrotada, diz BIS

18 mar 2024 - 14h09
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As principais economias do mundo estão no caminho certo para um "pouso suave", mas a inflação ainda não foi totalmente derrotada, alertou o chefe do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) nesta segunda-feira, num momento em que as autoridades de política monetária estão discutindo os méritos de cortar os juros ante máximas em várias décadas.

Consumidora em loja de Nova York
10/12/2023
REUTERS/Eduardo Munoz
Consumidora em loja de Nova York 10/12/2023 REUTERS/Eduardo Munoz
Foto: Reuters

A inflação global em mais da metade no ano passado e alguns bancos centrais já estão reduzindo a política monetária ultrarrestritiva na esperança de que possam preservar o crescimento e manter suas economias funcionando após os choques consecutivos da pandemia e do aumento da inflação.

"Parece que estamos a caminho de um pouso suave", disse Agustín Carstens, diretor-geral do BIS, em um discurso em Frankfurt. "A inflação mais baixa veio a um custo notavelmente pequeno para a economia real."

Entre os maiores bancos centrais do mundo, o Banco Central Europeu poderia ser o primeiro a se movimentar em junho, seguido pelo Federal Reserve em junho ou julho, e pelo Banco da Inglaterra talvez em agosto, de acordo com as expectativas atuais do mercado.

No entanto, alguns indicadores recentes sobre a inflação subjacente em ambos os lados do Atlântico levantaram temores de que o crescimento dos preços poderia ser mais persistente do que sugerem algumas das expectativas mais benignas existentes.

"Entretanto, um pouso suave não é garantido. O trabalho dos bancos centrais ainda não terminou. Embora a inflação esteja mais baixa, ela ainda está acima das metas dos bancos centrais. E certamente haverá mais obstáculos no caminho", disse Carstens.

Ele também alertou que uma série de fatores, como a desglobalização, a fragmentação econômica, as tendências demográficas adversas e a necessidade de combater a mudança climática, manterão os preços sob pressão no médio prazo, exigindo que os bancos centrais cumpram suas promessas de reduzir a inflação.

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