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Inflação oficial sobe 1,24% no mês e é a maior desde 2003

Em 12 meses, IPCA acumula alta de 7,14%, acima do teto da meta do Banco Central

6 fev 2015 - 09h12
(atualizado às 09h52)
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<p>Acumulado da inflação em 12 meses é o maior desde setembro de 2011</p>
Acumulado da inflação em 12 meses é o maior desde setembro de 2011
Foto: Thinkstock

A inflação oficial do País avançou 1,24% em janeiro, após alta de 0,78% em dezembro do ano passado. Essa é a taxa mais elevada desde fevereiro de 2003, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial, registrou alta de 1,57%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira. Em janeiro do ano passado, o IPCA ficou em 0,55%

Em 12 meses, o indicador acumula alta de 7,14%, patamar superior ao teto da meta do Banco Central, que é de 6,5%. O resultado em 12 meses é o maior desde setembro de 2011, quando o índice registrou 7,31%.

Os números vieram exatamente em linha ao previsto por analistas em pesquisa Reuters. A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o IPCA subisse 1,24% em janeiro na mediana de 45 projeções, que foram de alta de 0,70% a 1,30%. Em 12 meses, a expectativa era de avanço de 7,14% na mediana de 43 estimativas, num intervalo de 6,57% a 7,20%.

Aumentos

A alta em janeiro foi puxada pelas tarifas de energia elétrica e transportes, além dos preços dos alimentos. De acordo com o IBGE, os maiores pesos sobre a inflação oficial em janeiro vieram dos aumentos nos gastos com Alimentação e Bebidas (1,48%), Habitação (2,42%) e Transportes (1,83%) que, juntos, foram responsáveis por 85% do índice do mês (ou 1,06 ponto percentual).

Dentre o grupo Alimentação, destaque para as altas nos preços da batata-inglesa (38,09%), feijão-carioca (17,95%) e o tomate (12,35%).

Já os preços administrados, segundo o IBGE, subiram 2,50% em janeiro, com altas superiores a 8% em transporte (como trem e ônibus urbano) e energia elétrica urbano.

As tarifas de energia subiram muito após o governo iniciar o uso da bandeira tarifária, que repassa ao consumidor os custos maiores de geração diante da falta de chuvas.

O próprio BC elevou sua estimativa da alta dos preços administrados em 2015 para 9,3% através da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e considerou que os avanços no combate à inflação não foram suficientes.

O BC iniciou processo de aperto monetário em outubro passado e já elevou a Selic a 12,25% ao ano. O mercado acredita que a taxa básica de juros voltará a subir na próxima reunião do Copom, mesmo com a atividade econômica fraca.

Pesquisa Focus do Banco Central aponta que os agentes econômicos preveem que o IPCA vai encerrar este ano em 7%.

Com informações da Reuters

Fonte: Terra
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