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Inflação prevista pelos consumidores recua pelo terceiro mês

21 fev 2017 - 10h45
(atualizado às 10h45)
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A proporção de consumidores que prevê inflação abaixo do limite superior de tolerância do regime de metas adotado pelo governo, que é 6,5%,  aumentou gradativamente  em 6,4 pontos percentuais, ao passar de 32,5% para 38,9% do total, entre janeiro e fevereiro deste ano. Esta percepção de expectativa de queda da inflação ocorreu em todas as faixas de renda.

A expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou 0,3 ponto percentual de janeiro para fevereiro, ao passar de 7,9% para 7,6%, diz FGV
A expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou 0,3 ponto percentual de janeiro para fevereiro, ao passar de 7,9% para 7,6%, diz FGV
Foto: Agência Brasil

Segundo dados divulgados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), a expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou 0,3 ponto percentual de janeiro para fevereiro, ao passar de 7,9% para 7,6%. 

Segundo a pesquisa Expectativa de Inflação dos Consumidores, este é o menor valor desde os 7,2% de janeiro de 2015 e o terceiro recuo mensal consecutivo, o que levou o indicador a fixar-se em fevereiro em 3,8 pontos percentuais abaixo do mesmo mês do ano anterior - quando chegou a alcançar o máximo da série histórica de 11,4%.  

A pesquisa divulgada pela FGV mostra a posição da entidade sobre as causas desta redução. O economista da FGV Pedro Costa Ferreira avalia que parece clara a percepção de uma desaceleração rápida da inflação para os próximos meses.

"As oscilações do Indicador de Expectativas de Inflação costumam carregar informações obtidas pelos consumidores sobre a inflação recente. No momento, a percepção de desaceleração rápida da inflação nos próximos meses parece clara. Outro fato é que a queda da inflação está ocorrendo mais rapidamente entre as famílias de renda mais elevada, com maior escolaridade, e acesso a informação", avaliou o economista.

Faixa de renda

Apesar de a  expectativa de queda da taxa de inflação ter ocorrido em todas as faixas de renda familiar, o destaque ficou com as famílias com renda mensal superior a R$ 9,6 mil, cuja previsão mediana de 6,4% ficou abaixo do limite superior de tolerância do regime de metas do Banco Central.

A expectativa maior da inflação para os próximos meses ficou com as famílias com menor taxa de renda, até R$ 2,1 mil. Nesta faixa de renda a expectativa de inflação futura ficou em 8,5% caindo para 7,9% entre os conumidores que granham de R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil. Entre as famílias com renda entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, a expectativa de inflação para os próximos meses ficou em 7,5%.

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Agência Brasil Agência Brasil
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