Influenciador é preso suspeito de lavagem de dinheiro e de lucrar R$ 1 milhão por mês com jogos de azar
Durante a operação, foram apreendidos dois veículos de luxo, avaliados em R$ 4 milhões, além de celulares e computadores
O influenciador digital “GeBe”, de 26 anos, está preso desde segunda-feira, 30, em Belo Horizonte (MG). Com 2,3 milhões de seguidores no Instagram, ele é suspeito de cometer quatro crimes: exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal.
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Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o influenciador foi preso em um condomínio de luxo, em Nova Lima, na Região Metropolitana da capital mineira. Durante a operação, foram apreendidos dois veículos de luxo, avaliados em R$ 4 milhões, além de celulares e computadores.
O delegado Magno Machado, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes, revelou que o suspeito faturava aproximadamente R$ 1 milhão por mês promovendo jogos de azar, como o jogo do 'Tigrinho'.
Esquema criminoso
De acordo com o delegado, assim como outros influenciadores, ele atuava como ''garoto-propaganda'' das plataformas de apostas, geralmente hospedadas no exterior.
"Essas plataformas firmam contrato com os influencers e pagam comissões baseadas nas perdas dos jogadores. Quanto mais os apostadores perdem, mais o influenciador ganha", explicou Machado.
As investigações começaram no início do ano com o monitoramento dos principais influenciadores envolvidos em atividades suspeitas, e o investigado estava sendo acompanhado desde maio.
O delegado relatou que o suspeito chegou a publicar vídeos em suas redes sociais confessando a lavagem de dinheiro. "Temos vídeos dele contando dinheiro, e um interlocutor perguntando o que ele estava fazendo. Ele responde que possui uma lavanderia para lavar dinheiro", contou o delegado.
Alerta
Machado também fez um alerta aos usuários desses jogos ilegais. Segundo ele, em plataformas legalizadas, a taxa de retorno ao apostador é de mais de 90%, ou seja, de cada R$ 100 jogados, o apostador pode receber ao menos R$ 90 de volta.
"Já nos jogos ilegais, a taxa de retorno é de apenas 0,23%, ou seja, de cada R$ 100 apostados, o jogador pode ganhar apenas 23 centavos. O lucro desses influenciadores está na perda dos apostadores", enfatizou.