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Bom pra cachorro

Lançado no Brasil no final de 2011, o primeiro plano de saúde para cachorros brasileiros é um sucesso em São Paulo, único município atendido pela multinacional PetPlan, que já considera o mercado brasileiro o mais promissor do mundo. O diretor-geral do programa no Brasil, Marcello Falco, avalia que a procura por essa modalidade é estimulada pelo fato de que, em muitos casos, os animais de estimação são vistos como membro da família – logo, precisam dos mesmos cuidados que os filhos e netos, por exemplo.

Os planos custam entre R$ 59 e R$ 129 por mês e podem cobrir desde simples atendimentos ambulatoriais até tratamentos especializados como odontologia e acupuntura, passando por consultas com especialistas, exames, parto, castração, fisioterapia e atendimento domiciliar.

Diferentemente dos planos de saúde para pessoas, os contratos para pets não têm preços que variam por faixa etária, sendo, portanto, conveniente para cães mais idosos, que apresentam frequentes problemas de saúde. Há, porém, as carências (período de espera para poder utilizar alguns serviços), que são, em média, de 48 horas em caso de acidentes e 30 dias para consultas com especialistas. Também são incluídos em todos os planos o chamado auxílio-funeral, que prevê o envio de um profissional para coleta e cremação do corpo do animal.

Planos para a matilha

Confirmando a tendência de se tratar animais de estimação como membros da família, muitas empresas já oferecem plano de saúde para os animais dos funcionários. É similar a um plano de saúde coletivo: a empresa contrata o seguro, e os empregados conseguem descontos na mensalidade.

Nos Estados Unidos, diz o diretor-geral da PetPlan no Brasil, Marcello Falco, empresas grandes como McDonald’s e BMW disponibilizam o benefício. “É muito interessante ver o contraste de sisudos escritórios de advocacia fechando contrato conosco”, afirma Falco.

A empresa também tem parcerias com criadores de animais e organizações de apoio aos pets, e oferece o plano de saúde gratuitamente durante quatro semanas para as pessoas que compram ou adotam animais dessas instituições.

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Seguro para smartphones e tablets

Com a venda desenfreada de smartphones e tablets no Brasil – produtos caros, sofisticados e de uso cotidiano que se tornam presas fáceis para os ladrões – está crescendo também a contratação de um produto novo no setor de seguros: as apólices para equipamentos portáteis, que também abrange notebooks, câmeras fotográficas e filmadoras.

Essa modalidade ainda é incomum no Brasil, mas tem mercado promissor. O seguro básico para um smartphone que custou cerca de R$ 1.500 pode sair em torno de R$ 200 anuais. Garante a reposição do aparelho em caso de acidentes, como incêndios, explosões e impactos com veículos. Contratando uma cobertura adicional, o cliente recebe indenização em caso de roubos, danos elétricos e danos nos acessórios do aparelho. Não estão incluídos nas coberturas furtos simples (quando não há violência ou ameaça) e acidentes quando o aparelho é deixado dentro de veículos.

Para contratar o seguro, é necessário apresentar a nota fiscal do equipamento, que servirá de base de cálculo para a seguradora. Equipamentos com mais de três anos de fabricação já não podem ser segurados.

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Garantia ampliada

Quando alguém adquire um eletrodoméstico em uma grande loja de departamentos, o vendedor oferece a extensão da garantia original de fábrica. É a garantia estendida. Muito usada na Europa e nos Estados Unidos, é relativamente nova no Brasil – foi regulamentada apenas em 2005 –, mas está crescendo rapidamente, no embalo do aumento do consumo de bens duráveis.

No início, houve alguma polêmica, devido, principalmente, à falta de conhecimento dos consumidores sobre seus direitos. “Muita gente compra esse seguro sem saber bem o que está comprando”, alerta o economista Lauro Faria, da Escola Nacional de Seguros, explicando que há muitas regras específicas que limitam a extensão da garantia.

O seguro de garantia estendida é dividido em duas modalidades: a extensão de garantia e a complementação de garantia. A primeira começa a valer após o término da garantia original de fábrica e pode contemplar as mesmas coberturas ou pode acrescentar novos aspectos. Já a complementação é simultânea à original de fábrica e oferece apenas fatores não previstos nela. Não prevê aumento do prazo.

Esses seguros podem prever reposição ou reparação do produto segurado ou ainda reembolso, dependendo do contrato, que muitas vezes não traz detalhes mas faz referências à garantia original. Portanto, é fundamental observar as regras desse contrato, para compreender como poderá ocorrer a indenização.

Protegendo as partes mais importantes do corpo

Seguros de vida podem incluir coberturas e indenizações em casos de invalidez parcial. No Brasil, a Superintendência de Seguros Privados divulga uma tabela com valores sugeridos para cada tipo de dano. Assim, sofrer encurtamento de até 3 centímetros rende ao segurado 6% do valor do seguro. Já a perda total de uso de membro superior rende 70%. Mas como ficam as pessoas que dependem de partes específicas de seu corpo para sobreviver?

Há coberturas para proteger “instrumentos” de trabalho. As pernas do astro do futebol Cristiano Ronaldo valem milhões, por exemplo. Já os seios da Mulher Melão foram avaliados em R$ 1 milhão.

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Pernas

O jogador português Cristiano Ronaldo é o motor do estrelado time do Real Madrid e um dos melhores jogadores do mundo. A apólice de espetaculares R$ 229 milhões prova isso. Esse valor, no entanto, é baixo em relação ao que conseguiu uma cantora cujos membros inferiores são parte do show, mas não o show inteiro. Mariah Carey fez um seguro de R$ 1,8 bilhão por suas pernas. Já a bailarina brasileira Ana Botafogo, que ainda encanta o mundo com seus passos, teve seu instrumento de trabalho avaliado em R$ 40 mil.

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Mãos

O goleiro espanhol Santiago Cañizares estava pronto para ser o titular na Copa de 2002 quando machucou sua mão com um frasco de perfume. Iker Casillas assumiu a posição e nunca mais a deixou. Talvez inspirado pelo acidente, o atual campeão do mundo com a Espanha fez, em 2007, um seguro de R$ 20 milhões para suas mãos. Entre outras coisas, se comprometeu a fazer campanhas publicitárias para a seguradora.

A modelo inglesa Gemma Howorth nunca estampou seu rosto em propagandas, mas é provável que você já a tenha visto em anúncios: ela é dublê de mãos de famosos, e já apareceu em mais de 250 anúncios. Por isso, elas valem R$ 13,6 milhões.

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Carla Perez

Carla Perez causou sensação quando, em 1997, fez um seguro que cobria danos a seu quadril. A dançarina, que ganhou fama no grupo É o Tchan, teria feito uma apólice no valor de R$ 10 milhões em valores da época. O assunto voltou aos noticiários já no começo do ano seguinte, quando ela rompeu o contrato com a seguradora.

A celebridade alegou que a empresa estava usando seu nome para fazer marketing. Já a companhia disse que Carla Perez havia deixado de pagar uma das cotas do seguro, e ainda contestou o valor da apólice, dizendo que não era do valor afirmado por ela, mas sim de R$ 2,3 milhões.

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Bumbuns

Carla Perez parece ter aberto um mercado para a cobertura de bumbuns. Depois dela, outras mulheres que se notabilizaram por suas partes anteriores foram atrás de seguros. Gracy Kelly, também conhecida como Mulher Maçã, fez uma apólice de R$ 1 milhão para seus quadris. Em 2008, a gaúcha Melanie Fronckowiak participou de um concurso promovido pela Triumph International, marca de roupas íntimas. A brasileira ganhou o título de “bumbum mais bonito do mundo” e um seguro para o seu “patrimônio”.

O inglês Graham Butterfield também entrou para o seleto mundo dos bumbuns com milionárias apólices, mas nunca teve que mostrar o seu para ficar famoso. Ele é testador de colchões em uma fábrica inglesa, e teve seu instrumento de trabalho segurado em R$ 2,3 milhões.

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Seios

A funkeira Renata Frisson, conhecida como Mulher Melão, ganhou fama com decotes que não escondiam os 500 ml de implante de silicone em cada peito. Fez uma apólice de R$ 1 milhão para seus seios. “Se hoje sou a 'Mulher Melão' é por causa dos meus seios, que são meu maior patrimônio”, justificou Frisson ao jornal Extra.

A cantora country norte-americana Dolly Parton (foto) não depende tanto dos seios para sua carreira bem sucedida, mas eles acabaram se tornando uma espécie de marca registrada. O valor de sua apólice não é tão alto quanto o da Mulher Melão, mas não deixa de ser expressivo: R$ 515 mil.

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