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InterCement protocola plano de recuperação extrajudicial para reorganizar R$ 22 bi em dívidas

Medida é adotada depois de quatro meses e meio de negociações com bancos e a CSN na tentativa de viabilizar uma saída para dívidas; pedido já foi deferido pela Justiça

16 set 2024 - 20h26
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Depois de quatro meses e meio de negociações com bancos e com a CSN em busca de uma saída para suas dívidas, a InterCement protocolou nesta segunda-feira, 16, um plano de recuperação extrajudicial na Justiça paulista.

Fabrica da InterCement em Ijaci (MG)
Fabrica da InterCement em Ijaci (MG)
Foto: Divulgacao/InterCement / Estadão

De acordo com o documento entregue à 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo e obtido pelo Estadão/Broadcast, a dívida reestruturada pelo plano soma em seu total R$ 22 bilhões e o plano teve a adesão de 45,67% dos créditos sujeitos, representado somente por Itaú Unibanco e Bradesco. O pedido já foi deferido pelo juiz e as cobranças suspensas por 120 dias, acrescentaram as fontes.

Em fato relevante, a companhia informou que obteve adesão de parte significativa de seus credores em plano de recuperação extrajudicial, ou seja, de mais de um terço dos créditos sujeitos à recuperação extrajudicial. A companhia diz também, no fato relevante, que mantém negociações para alienação de participações societárias, ativos e operações para um terceiro investidor, o que está em fase de discussão avançada e é uma das condições para a eficácia do plano.

No pedido entregue por Munhoz Advogados, a InterCement acrescenta que o plano não engloba a Mover, controladora da InterCement, que, "embora tenha integrado a mediação e o pedido de tutela cautelar, alcançou uma solução consensual, de forma bilateral, com o seu único credor financeiro abrangido pela tutela cautelar, o Bradesco BBI". O desfecho acontece após 60 dias de uma última tentativa de negociação anunciada pela empresa, em câmara de mediação.

Ao longo dos últimos meses, a InterCement focou suas conversas junto aos bancos, que acabaram envolvendo a CSN, única que restou interessada em ficar com a cimenteira em um processo de venda aberto pela sua controladora, a Mover. De um lado, as negociações foram se afunilando à medida que a Mover tentava, nas mesmas conversas, uma solução para uma fatia que tem na CCR, mas que foi dada em garantia ao Bradesco.

Do outro, a CSN foi encontrando contingências diversas na InterCement, que serão cobradas no futuro, e poderiam comprometer promessas feitas ao mercado pela siderúrgica de reduzir sua alavancagem financeira. A CSN teria oferecido cerca de R$ 10 bilhões pela InterCement.

Fabrica da InterCement em Ijaci (MG)
Fabrica da InterCement em Ijaci (MG)
Foto: Divulgacao/InterCement / Estadão
Estadão
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