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Internet é o meio de comunicação que mais cresce entre brasileiros

Navegação está atrelada a idade, renda e escolaridade; confiança em notícias da rede, no entanto é menor do que em veículos tradicionais

7 mar 2014 - 10h32
(atualizado às 12h31)
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Pesquisa inédita encomendada ao Ibope Inteligência pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República revela que no hábito de consumo de mídia da população brasileira, o consumo de Internet apresenta uma crescente. A televisão ainda se mantém na ponta, porém a hegemonia é menor entre jovens de 16 a 25 anos.

A “Pesquisa Brasileira de Mídia 2014” é um documento elaborado a pedido da Presidência para subsidiar a elaboração da política de comunicação e divulgação social do Executivo federal. Foram analisados os diferentes meios de comunicação e, ao final, o índice de confiança da população na mídia.

O meio de comunicação preferido dos brasileiros é a televisão, com 76,4%, seguida da internet, com 13,1%. Na faixa etária de 16 a 25 anos, no entanto, a preferência pela TV cai para 70%, enquanto que pela internet sobre 25%. Se os mais jovens apontam para essa preferência, a tendência de crescimento para a internet é maior que para televisão.

Parte da vice-liderança da internet se explica pelo custo do acesso, nível de escolaridade e interação com ferramentas tecnológicas. A maioria dos brasileiros (53%) ainda não acessa a rede, mas a proporção de cliques cresce à medida que aumenta a renda e a escolaridade dos entrevistados.  

Enquanto 21% dos entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo acessam a rede semanalmente, a proporção sobre para 75% se analisados aqueles com renda superior a cinco salários mínimos. A mesma relação se repete quando a pesquisa mensura os acessos à internet em casa. Entre os respondentes com renda superior a cinco salários mínimos, 78% tem acesso à web em casa, enquanto o acesso em domicílio do grupo com menos de um salário mínimo de renda se limita a 16%.

No recorte escolar, 87% dos entrevistados com nível superior disseram acessar a internet pelo menos uma vez por semana – 84% dos domicílios deste grupo têm acesso à web. Em contraste, apenas 8% dos entrevistados que cursaram até a 4ª série têm contato com a rede mundial de computadores ao menos uma vez por semana.

A principal plataforma de conexão com a internet é o computador (84%), seguido pelos smartphones (40%) e pelos tablets (8%). O trabalho de campo “Pesquisa Brasileira de Mídia 2014” foi realizado entre 12 de outubro e 6 de novembro do ano passado com 18.312 brasileiros em 848 municípios. A margem de erro estimada é de 1 ponto percentual, assumindo o intervalo de confiança de 95%. Apesar de a pesquisa mostrar hábitos de consumo de mídia, a verba de publicidade do governo continuará sendo definida por dados de audiência, como o comScore, por exemplo.

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Redes sociais encabeçam preferência na internet

O documento divulgado nesta sexta-feira pela Presidência da República aponta um comportamento curioso dos internautas. Mesmo em busca por informação, os sites de notícias ficam atrás do Facebook como fonte principal de acesso. Outras redes sociais, como Twitter e Instagram também entram na lista dos veículos lembrados pelos entrevistados.

A pesquisa adotou a metodologia de respostas espontâneas, isto é, os entrevistados deram as respostas que vieram à mente – sem alternativas listadas – sobre os veículos acessados. Foi perguntado qual site, blog ou rede social eram acessados pelos respondentes nos dias úteis, nos fins de semana e também qual veículo era buscado quando o entrevistado queria se informar. Nas três perguntas, o Facebook ficou em primeiro, seguido de portais de notícias.

No comparativo com outras mídias, os entrevistados confiam menos nas informações de internet. Apenas 22% confiam sempre ou muitas vezes nos blogs (20% não confiam de jeito nenhum). Na vice-lanterna aparecem as redes sociais com índice de confiança (somando-se os que se declaram confiar sempre ou muitas vezes) em 24%. Os sites ficam com 28% do índice de confiança alta. Para efeitos de comparação, os jornais impressos apresentam um percentual de respondentes que declararam confiar sempre ou muitas vezes em 53%.

Fonte: Terra
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