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Investi em CDB e a instituição financeira faliu, e agora?

FGC pagará um total de R$ 2,2 bilhões para credores da BRK Financeira e Portocred

27 fev 2023 - 01h00
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Foto: Adobe Stock

Imagine investir em um ativo de renda fixa e, algum tempo depois, descobrir que a instituição financeira que emitiu o título faliu? Foi o que aconteceu com 54 mil credores da BRK Financeira e da Portocred ― instituições que foram liquidadas extrajudicialmente na quarta-feira da semana passada (15) pelo Banco Central. 

Agora, os investidores vão buscar receber o dinheiro junto ao Fundo Garantidor de Crédito - entidade sem fins lucrativos criada para proteger o sistema financeiro.  Entenda como funciona a garantia nesse caso.

Como funciona a garantia do FGC?

O FGC oferece garantia de até R$ 250 mil para investimentos em produtos como conta corrente, poupança, CDB, RDB, LCI e LCA, para cada CPF ou CNPJ, por instituição financeira associada ou conglomerado financeiro. Há um teto de R$ 1 milhão, a cada período de quatro anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.

De acordo com a entidade, no caso da BRK e Portocred, quase metade dos credores com créditos elegíveis à garantia do Fundo Garantidor de Créditos já realizou cadastro básico no aplicativo do FGC. O pagamento da garantia começará após o recebimento das informações das instituições liquidadas.

Após realizar o cadastro no aplicativo do FGC é necessário acompanhar os canais oficiais do FGC e aguardar a conclusão do processo de organização dos dados sobre os depositantes e investidores de cada instituição pelo liquidante. 

Nessa primeira etapa do processo de pagamento de garantias cabe aos liquidantes – definidos pelo Banco Central – reunir as informações sobre identidade e valores a receber de cada pessoa que possui investimentos em ativos garantidos pelo FGC na BRK Financeira e na Portocred.

Após receber do liquidante as informações consolidadas, o FGC divulgará nas redes sociais e em seu site todas as instruções sobre o início dos pagamentos, incluindo o período em que será possível solicitar o recebimento da garantia.

O pagamento será feito de forma totalmente digital, pelo aplicativo, sem a necessidade de comparecimento a uma agência bancária. A segurança do processo é garantida pela exigência de assinatura digital, a partir da biometria.

Os procedimentos para pagamentos às Pessoas Jurídicas já estão disponíveis no Portal do FGC. Foi disponibilizado um formulário para o cadastro inicial das Pessoas Jurídicas, para que o FGC possa solicitar os documentos relacionados aos representantes legais e seguir com o processo tão logo receba as informações das instituições liquidadas.

A BRK Financeira tem base estimada de 42 mil credores com depósitos elegíveis ao pagamento da garantia, que somam R$ 1,7 bilhão. A Portocred Financeira tem base estimada de 12 mil credores com depósitos elegíveis ao pagamento da garantia, que somam R$ 521 milhões.

Quais investimentos não são garantidos pelo FGC?

Papéis do Tesouro Direto não são cobertos pelo FGC pois têm garantia soberana, por serem títulos públicos. Fundos de investimento também não têm garantia. Antes de investir, vale conferir na sua corretora se o investimento conta com a garantia.

Quanto o FGC já pagou a credores?

Desde 1996, quando o FGC realizou o pagamento de garantias a credores e investidores pela primeira vez, foram atendidos credores de 40 instituições financeiras liquidadas (já incluindo nessa conta os depositantes e investidores da BRK Financeira e Portocred). Ao longo de seus 27 anos, o FGC já pagou cerca de R$ 10 bilhões em garantias – valor sem correção monetária.

Redação Dinheiro em Dia
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