Investimento militar no PAC é maior do que em saúde e causa polêmica
Os especialistas em defesa vem criticando um investimento desse porte em armas
Faz sentido o Brasil investir mais em armas do que na saúde ou educação? É isso que está previsto no Programa de Aceleração de Crescimento, o PAC. O programa foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os recursos previstos para a área de defesa chegam a R$ 52,8 bilhões. Eles serão gastos principalmente na compra de equipamentos de grande porte como aviões de caça, submarinos, helicópteros e veículos blindados. Tem até um submarino nuclear previsto.
Enquanto isso o PAC prevê para a área de educação, ciência e tecnologia somente R$ 45 bilhões. Para a saúde menos ainda, R$ 30,5 bilhões. Dentro desse orçamento da Saúde estão incluídas coisas muito importantes como a preparação para emergências sanitárias.
Os especialistas em defesa vem criticando um investimento desse porte em armas. Afinal, o Brasil não está em guerra com ninguém e nem temos vizinhos com capacidade ou interesse de invadir nosso país.
O orçamento total do PAC é de R$ 1,7 trilhão para ser investido durante vários anos. É muito dinheiro mas não ficou claro para ninguém como foi tomada a decisão de dedicar os valores para cada área. Muito menos este mega investimento em compras de armas para as forças armadas.
Neste vídeo explico os interesses políticos por trás dessa decisão do governo Lula e a nova pesquisa que indica que os brasileiros confiam cada vez menos nas forças armadas – com ou sem novas armas milionárias.
(*) André Forastieri é jornalista, sócio da consultoria Compasso e fundador de Homework. Conheça melhor seu trabalho em andreforastieri.com.br.