Investimentos despencam ao menor patamar em 7 anos
Os investimentos em máquinas e equipamentos despencaram 27% desde o segundo trimestre de 2013 e desceram ao patamar observado no fim do primeiro semestre de 2009, sete anos atrás, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (1) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No primeiro trimestre, esses investimentos – denominados de formação bruta de capital fixo (FBCF) – recuaram 2,7% ante o trimestre anterior e tombaram 17,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2015. A formação bruta de capital fixo reflete o aumento da capacidade produtiva do País por meio de investimentos em ativos, como máquinas e equipamentos.
A queda trimestral é a 10ª consecutiva e na comparação anual acumula oito resultados negativos. Segundo o IBGE, as retrações são decorrentes, principalmente, da queda das importações e da produção interna de bens de capital.
“A tendência é de continuidade da deterioração nos próximos trimestres”, avisa Thaís Zara, economista-chefe da Rosenberg Associados.
Alberto Ramos, economista para América Latina do Goldman Sachs, destaca que a redução nos investimentos produtivos prejudica o desenvolvimento da produtividade e limita ainda mais o PIB (Produto Interno Bruto) potencial do País. Cálculos da Rosenberg Associados apontam para PIB potencial de 2,2%.