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Investir 70% do patrimônio em imóvel é ‘burrice’, como diz Luana Piovani?

Atriz colocou à venda seu apartamento nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, e duplex em Nova York, nos Estados Unidos

15 mar 2024 - 07h26
(atualizado às 07h26)
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Luana Piovani na cozinha de seu apartamento duplex em Nova York
Luana Piovani na cozinha de seu apartamento duplex em Nova York
Foto: Reprodução/@luapio

Luana Piovani foi às redes sociais na segunda-feira, 11, para anunciar que colocou à venda seu apartamento nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, e seu duplex em Nova York, nos Estados Unidos. “Quero dinheiro multiplicando na conta. Dinheiro em imóvel eu acho uma burrice”, disse em entrevista ao Pod Delas. A atriz contou que tinha 70% de seu patrimônio em imóveis.

Em entrevista ao Terra, especialistas em investimentos discordaram da ideia de que investir a maior parte do patrimônio em imóvel seja uma ‘burrice’. O imóvel localizado no bairro do Jardim Paulista está sendo vendido por R$ 2,2 milhões. Não há informação sobre o valor do duplex em Nova York.

“Cada pessoa tem seu perfil de investimento, tem pessoas que são mais adeptas de dinheiro na conta e outras de imobilizar o patrimônio, mas o que eu posso dizer é que os imóveis propiciam a proteção ao patrimônio e que não há nenhum outro investimento que o protege tanto”, diz Renan Lopes, especialista imobiliário.

Além disso, segundo Lopes, trata-se de um patrimônio seguro, que não está sujeito a confisco, ou a qualquer tipo de apreensão ou roubo.

“Imóveis propiciam ganhos de duas formas: valorização ao longo do tempo - é muito comum vermos imóveis que, há alguns anos, foram comprados por R$300 mil e hoje estão avaliados em R$1 milhão - e através de locações, caso você não resida no local, como uma alternativa de fonte de renda”, acrescenta.

Outra opinião

Raul Sena, especialista em investimentos, afirma que sem dúvida alguma “o investimento em imóveis é interessante, ainda mais num país como o Brasil, onde herdamos essa ideia de que o imóvel é o bem 'mais seguro' que existe”. Ele lembra exemplos de bilionários que fizeram fortuna investindo no setor imobiliário.

Embora veja como um investimento bom, ele não indica deixar a maior parte do patrimônio em imóveis. “O percentual adequado dessa diversificação vai depender muito da sua idade e dos seus objetivos de vida. Mas, salvo em situações muito específicas, manter 70% em imóveis e 30% em ativos com alta liquidez e maior rentabilidade não faz muito sentido para o investidor comum”.

O especialista pontua que na prática, um aluguel rende mais ou menos meio por cento ao mês. Ou seja, um imóvel de R$ 200 mil vai dar um retorno de mil reais por mês, na média. Hoje, um investimento no Tesouro Selic rende o dobro, quase 1% ao mês. E fundos imobiliários bons, por exemplo, que também remuneram o investidor mensalmente, costumam render algo perto de 0,8%. 

“Um imóvel não tem a mesma liquidez de um ativo negociado na Bolsa de Valores ou de um título público, por exemplo. Então, se você não mora nesse imóvel com a sua família e pode se desfazer dele sem grandes problemas, faz sentido alocar esse capital de forma mais inteligente, aumentando a renda mensal e mantendo uma boa diversificação da sua carteira de investimentos”.

Se deixar a maior parte do patrimônio em imóvel não é indicado, por outro lado, a ideia de 70% investidos em bons ativos, bem diversificados, e 30% em imóveis, é bem mais aceitável, na visão do especialista. “O mais correto é ter uma carteira bem diversificada, com títulos de renda fixa (mais seguros), ações nacionais e internacionais, e fundos imobiliários”, conclui.

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Fonte: Redação Terra
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