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Investir com pouco dinheiro? Sim, é possível a partir de R$ 1

Educadora financeira Simone Sgarbi destaca alguns produtos que permitem aportes iniciais bem baixos, de R$ 100, R$ 50, R$ 30 ou até R$ 1

11 jun 2023 - 06h25
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Simone Sgarbi dá dias para investir começando com R$ 1
Simone Sgarbi dá dias para investir começando com R$ 1
Foto: Bernardo Coelho / Divugação

A vida do assalariado brasileiro não é fácil. Estudo realizado pela Oxfam, comitê de Oxford para combater a pobreza, indicou que o salário mensal médio no Brasil em, 2022, ficou na casa de R$ 2,5 mil. Levando em conta o alto custo de vida de diversas regiões do país fica difícil imaginar como grande parte dos brasileiros consegue sobreviver. Se pagar as contas parece impossível, às vezes, o que dirá guardar dinheiro para investir?

Para a educadora financeira Simone Sgarbi, porém, a escassez não deve ser justificativa para a falta de planejamento financeiro e realizar investimentos financeiros, ao contrário, isso se torna ainda mais necessário. Segundo ela, é, sobretudo, projetar um futuro com menos sufoco no que se refere a dinheiro. 

“Investir não é luxo, é necessidade. Quanto menos renda a pessoa tem, mais importante para ela aplicar seu dinheiro”, afirma.

Isso porque, explica a educadora financeira, as crises afetam mais quem tem menos dinheiro e os juros são maiores para quem pode dar menos garantias. Uma boa forma de começar, segundo Sgarbi é investir 10% do salário. 

“Se recebe dois R$ 2 mil, invista R$ 200. Se recebe R$ 5 mil, invista R$ 500, e assim por diante. Esse pequeno ajuste em suas prioridades tem a capacidade de mudar sua relação com as finanças”, diz.

Para uns é pouco, para outros é muito

Mesmo R$ 500 ou R$ 200 pode ser bastante para quem recebe o salário médio mensal brasileiro. Para estas pessoas, a educadora financeira tem uma boa notícia. 

“Existem diversos produtos que permitem um aporte inicial bem baixo: fundos imobiliários por R$ 100 e R$ 50, títulos do Tesouro Direto por um pouco mais de R$ 30, ações que custam R$ 10 reais e até CDBs nos quais você vai precisar tirar apenas R$ 1 do bolso”, afirma.

Se ainda assim, a pessoa continua acreditando que investir não é para ela, Sgarbi alerta que este receio pode vir de alguma crença limitante. A educadora financeira conta que, ela mesmo, no passado, pensava em investimentos financeiros como uma atividade restrita a ricos porque tinha um preconceito bastante arraigado de que dinheiro era sujo. 

“Para mim, todo rico era metido e superficial e pessoas que falavam sobre dinheiro eram fúteis”, comenta. 

Certo dia, contudo, depois de passar por apuros, ela colocou o dinheiro no lugar a qual pertence: uma ferramenta que é útil, se bem usada.

Sgarbi conta que começou a investir em uma época desesperadora de sua vida, como uma boia de salvação. 

“Meu primeiro investimento foi no Tesouro Direto e tinha um objetivo claro, juntar um valor para negociar e pagar minhas dívidas a vista com desconto”, conta. 

A educadora financeira ressalta que seu objetivo nunca foi investir para ficar rica, milionária, mas, sim, para limpar seu nome e dormir tranquila.

Hoje, com as contas saneadas, Sgarbi continua investindo, mas com outros objetivos, tais como realizar sonhos e envelhecer com qualidade de vida. Segundo a educadora financeira, ter um objetivo claro para qualquer centavo investido é a melhor maneira de estimular-se para investir, quando se ganha pouco e não sobra quase nada no final do mês. 

“Não precisamos ser ricos para investir, mas devemos investir porque temos sonhos a realizar”, conclui.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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