IPCA-15 sobe 0,39% em junho, pressionado por alimentação, mas resultado fica abaixo das estimativas
O grupo alimentação e bebidas teve a maior alta e peso no índice, puxado pelo aumento da batata inglesa, leite longa vida, arroz e tomate
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,39% em junho, após ter subido 0,44% em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava aumento de 0,43%. A taxa em 12 meses ficou em 4,06%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no mês de junho. O grupo alimentação e bebidas registrou a maior variação (0,98%) e o maior impacto (0,21 p.p.) no índice do mês. Em seguida, aparecem os grupos habitação (0,63% e 0,10 p.p.) e saúde e cuidados pessoais (0,57% e 0,08 p.p.) As demais variações ficaram entre o -0,23% de Transportes e o 0,30% de Vestuário.
No grupo alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio avançou de 0,22% em maio para 1,13% em junho. O aumento é resultado das altas da batata inglesa (24,18%), do leite longa vida (8,84%), do arroz (4,20%) e do tomate (6,32%). Por outro lado, feijão carioca, cebola e frutas caíram 4,69%, 2,52% e 2,28%, respectivamente.
A alimentação fora do domicílio subiu 0,59% em relação a maio, quando havia avançado 0,37%, em virtude das altas de lanche (de 0,47% em maio para 0,80% em junho) e da refeição (0,34% em maio para 0,51% em junho).
No grupo Transportes, o índice registrou queda de 0,23% no período, pressionado pelo recuo no preço das passagens aéreas, de 9,87%. Em relação aos combustíveis, houve recuo de 0,22%. Todos os produtos registraram queda nos preços: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%). O subitem táxi apresentou alta de 0,18%, devido ao reajuste de 17,64% em Recife (3,09%), a partir de 22 de abril.