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IPCA registra 4,65% no acumulado de 12 meses, a menor taxa desde 2021

Inflação subiu 0,71% em março, puxada pela alta da gasolina, segundo o IBGE

11 abr 2023 - 09h06
(atualizado às 11h01)
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Bocal de bomba para abastecimento de combustível em posto de Brasília
29/03/2023
REUTERS/Adriano Machado
Bocal de bomba para abastecimento de combustível em posto de Brasília 29/03/2023 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,71% em março, após alta de 0,84% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 11.

No acumulado de 12 meses até março, o IPCA teve alta de 4,65%, contra alta 5,60% do mês anterior, registrando a menor taxa desde 2021 para o acumulado do ano.

Alta da gasolina

Segundo o IBGE, o grupo Transportes foi o destaque no índice de março, sendo responsável pelo maior impacto (0,43 p.p.) e maior variação (2,11%). Em seguida vieram Saúde e cuidados pessoais (0,82%) e Habitação (0,57%), que desaceleraram em relação a fevereiro. Por outro lado, Artigos de residência (-0,27%), que teve alta de 0,11% em fevereiro, foi o único grupo pesquisado a registrar queda este mês. Os demais ficaram entre o 0,05% de Alimentação e bebidas e o 0,50% de Comunicação.

A gasolina (8,33%), subitem com maior impacto individual no índice de março, teve grande peso na alta verificada em Transportes. O etanol (3,20%) também subiu.

“Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre esses combustíveis a partir de 1º de março", explica o analista da pesquisa, André Almeida.

Gás veicular (-2,61%) e óleo diesel (-3,71%) continuaram em queda em março. Já as passagens aéreas, que haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% desta vez. Reajustes em tarifas de táxi em Belo Horizonte, em ônibus intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, além de ônibus urbano em quatro áreas de abrangência do índice, também influenciaram em Transportes.

Saúde, habitação e alimentos 

O grupo Saúde e cuidados pessoais, por sua vez, foi impactado principalmente pela alta de 1,20% do plano de saúde, que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023. Numa comparação com o mês anterior (2,80%), os itens de higiene pessoal (0,72%) apresentaram uma variação menos intensa. Os artigos de maquiagem subiram 4,80%, enquanto os produtos para pele tiveram queda de 2,42% em março.

No grupo Habitação (0,57%), a maior contribuição (0,09 p.p.) veio da energia elétrica residencial (2,23%). As variações ficaram entre -0,65% em Belém, onde houve redução de PIS/COFINS e aumento da alíquota de ICMS, até 9,79% em Porto Alegre, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reincluídas na base de cálculo do ICMS. O mesmo ocorreu em outras áreas, como Belo Horizonte (4,43%), Curitiba (3,88%) e Vitória (2,86%). No Rio de Janeiro (2,57%) foram aplicados reajustes de 7,49% e de 6% nas duas concessionárias pesquisadas, ambos a partir de 15 de março.

Em Alimentação e bebidas (0,05%), a queda da alimentação no domicílio, que passou de 0,04% em fevereiro para -0,14% em março, exerceu grande influência. Batata-inglesa (-12,80%) e óleo de soja (-4,01%) tiveram recuos mais intensos na comparação com fevereiro. Cebola (-7,23%), tomate (-4,02%) e carnes (-1,06%) também tiveram redução. Por outro lado, cenoura (28,58%) e ovo de galinha (7,64%) foram os destaques dentre as altas. 

Em relação aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi em Porto Alegre (1,25%), devido às altas da gasolina (10,63%) e da energia elétrica residencial (9,79%). Já a menor variação foi em Fortaleza (0,35%), onde houve quedas de 17,94% do tomate e de 2,91% do frango inteiro. 

O que é

O IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos.

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