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Irmãos que começaram com R$ 500 miram R$ 15 milhões em 2023 com loja de acessórios

Valor é 15% maior que o resultado de 2022, quando a empresa faturou R$ 13 milhões

11 abr 2023 - 05h00
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Céu de Prata começou com investimento de R$ 500 e um quarto nos fundos da casa da mãe de fundador
Céu de Prata começou com investimento de R$ 500 e um quarto nos fundos da casa da mãe de fundador
Foto: Divulgação

Dois irmãos que começaram a vender acessórios em prata, em 2016, miram o faturamento de R$ 15 milhões neste ano, impulsionados pelo e-commerce e pelas redes sociais. Eles saíram da empresa da mãe, que se recusava a entrar no mundo digital, e a superaram em poucos anos.

Céu de Prata foi fundada por Alexandre Machado, aos 19 anos, com apenas R$ 500 no bolso. Ele e a irmã, Yara Machado, acompanhavam a mãe desde que ela trabalhava em uma fábrica de acessórios.

"A gente ficava atarraxando brinco, montando peças", lembram.

Quando a mãe da dupla conseguiu abrir seu próprio negócio, com vendas em atacado, Alexandre tentou convencê-la a investir no mundo digital, mas não tiveram sucesso. Ele conta que via um grande potencial de vendas das pratas, mas a mãe não concordava com a visão de negócio do filho.

Céu de Prata aposta nas redes sociais para manter faturamento alto
Céu de Prata aposta nas redes sociais para manter faturamento alto
Foto: Divulgação

Foi então que Alexandre decidiu montar a própria loja online. De férias da faculdade de Contabilidade, el usou o contraturno do emprego para montar seu site e começar a empreender. O investimento inicial, de R$ 500, foi para comprar peças de prata da loja de sua própria mãe e revendê-las em seu comércio.

O investimento deu certo e Alexandre passou a reinvestir cada vez mais na comprar diferentes peças e vendê-las. O sucesso foi tanto que ele logo precisou procurar diretamente os fornecedores, deixando a empresa da família para trás. 

Pandemia e expansão

A "virada de chave" veio com o início do isolamento social devido à pandemia de covid-19. Com comércios fechando as portas, foi a vez da irmã Yara entrar como CEO da empresa para dar novos rumos e driblar a crise econômica. As redes sociais se tornaram principal aliada do novo nempreendimento, uma vez que passou a ser a alternativa segura e eficaz para o consumidor.

A marca de acessórios de prata passou a investir mais na plataforma digital, nos sistemas de entregas e no posicionamento direto o público consumidor. 

Yara foi quem liderou as equipes na jornada no mundo virtual.

"Sempre estudei em escola pública e não fiz uma faculdade de renome. Eu sentia que ninguém queria apostar em mim por ser mulher e mãe, mas, agora que eu lidero um grande negócio, faço tudo que não tive por minha equipe", conta a empreendedora.

Yara idealizou um modelo de venda "clique e retire", no qual o cliente pode comprar online e retirar os produtos quando quiser, diretamente na loja. Com essa ação, Yara conseguiu triplicar o faturamento da empresa desde então. A expectativa é fechar 2023 com R$ 15 milhões no caixa da empresa, cerca de 15% a mais do que em 2022, quando o ganho foi de R$ 13 milhões.

"As mulheres têm mais flexibilidade para tomar decisões e levam em conta fatores diversos, não apenas os impactos financeiros. Quando uma mulher dá certo, a sociedade dá certo", analisa.

Fonte: Redação Terra
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