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Israel apura possível conhecimento de investidores antes de ataque do Hamas em 7 de outubro

Uma pesquisa constatou uma venda significativa de ações antes dos ataques, que desencadearam uma guerra de quase dois meses

4 dez 2023 - 13h35
(atualizado às 14h37)
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Milhares vão às ruas de Israel celebrar a libertação de reféns do Hamas
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Foto: Ilia Yefimovich/dpa via Reuters

Autoridades israelenses estão investigando alegações de pesquisadores norte-americanos de que alguns investidores podem ter tido conhecimento antecipado de um plano do Hamas para atacar Israel em 7 de outubro e usado essa informação para lucrar com ativos do país.

Uma pesquisa realizada pelos professores de direito Robert Jackson Jr., da Universidade de Nova York, e Joshua Mitts, da Universidade de Columbia, constatou uma venda significativa de ações antes dos ataques, que desencadearam uma guerra de quase dois meses.

"Dias antes do ataque, operadores pareciam antecipar os eventos que estavam por vir", escreveram eles, citando a operação a descoberto no MSCI Israel Exchange Traded Fund (ETF), que "aumentou repentina e significativamente" em 2 de outubro, com base nos dados da Autoridade Reguladora do Setor Financeiro (Finra, na sigla em inglês).

"E pouco antes do ataque, a venda a descoberto de títulos israelenses na Bolsa de Valores de Tel Aviv (Tase) aumentou drasticamente", escreveram eles em seu relatório de 66 páginas.

Em resposta, a Tase direcionou a Reuters para a Autoridade de Valores Mobiliários de Israel, que disse: "O assunto é de conhecimento da autoridade e está sendo investigado por todas as partes relevantes".

Uma porta-voz do órgão regulador de valores mobiliários não entrou em detalhes, e a polícia israelense não comentou imediatamente.

Os pesquisadores disseram que a venda a descoberto, na qual os investidores esperam que o preço das ações caia, permitindo que elas sejam recompradas a um preço mais baixo com lucro, antes de 7 de outubro "excedeu a venda a descoberto que ocorreu durante vários outros períodos de crise".

Isso inclui a recessão após a crise financeira de 2008, a guerra Israel-Gaza de 2014 e a pandemia de Covid-19.

Eles escreveram que, no caso do Leumi, o maior banco de Israel, 4,43 milhões de novas ações vendidas a descoberto no período de 14 de setembro a 5 de outubro geraram lucros de 3,2 bilhões de shekels (862 milhões de dólares) com essa venda a descoberto adicional.

"Embora não tenhamos observado nenhum aumento agregado na venda a descoberto de empresas israelenses nas bolsas de valores dos EUA, identificamos um aumento acentuado e incomum, pouco antes dos ataques, na negociação de opções de venda sobre essas empresas, com vencimento logo após os ataques", disseram.

"Nossas descobertas sugerem que traders informados sobre os ataques que viriam a ocorrer lucraram com esses eventos trágicos."

A reportagem do novo estudo foi noticiada pela primeira vez no site de notícias financeiras de Israel The Marker.

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