Itaú BBA eleva preço-alvo da Eneva com impulso da energia térmica na crise hídrica
O Itaú BBA melhorou nesta terça-feira as suas projeções para a elétrica Eneva para "outperform", elevando o preço-alvo da ação para 18,6 reais, ante 15 reais, ao afirmar que a companhia é o "melhor veículo" para navegar em uma desafiadora crise hídrica.
O banco de investimento disse ainda que, com volumes de energia ainda descontratados, a Eneva deve se beneficiar de preços da eletricidade "extremamente" elevados em 2021/22.
Analistas Marcelo Sá e Luiza Candiota afirmaram também que a Eneva oferece oportunidades de crescimento, com uma concorrência relativamente baixa.
As ações da Eneva tiveram forte alta nesta terça-feira, ganhando 3,6% ao final do pregão.
Segundo o Itaú BBA, a geração de caixa medida pelo Ebitda da Eneva deverá aumentar 57% em 2022, para 3 bilhões de reais, também à medida que os projetos Azulão-Jaguatirica e Parnaíba V entram em operação.
No segundo trimestre, o lucro da Eneva aumentou em 38%, para 118,1 milhões de reais, já com impulso de uma antecipação de despachos de suas térmicas, que foram chamadas a produzir antes devido à seca que afeta a geração hidrelétrica do país.
A Eneva, que produz o próprio gás consumido pelas termelétricas, possui seis unidades geradoras de energia.
Dessas, quatro são movidas a gás natural, todas situadas no Maranhão, enquanto outras duas são a carvão, sendo uma no Estado maranhense e outra no Ceará.
A Eneva tem outras duas térmicas em construção: Parnaíba V e Jaguatirica II --esta última em fase final, devendo ficar pronta no último trimestre do ano.