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Itaú eleva projeções para dólar e IPCA para 2024 e 2025, citando alta de riscos e câmbio depreciado

12 jul 2024 - 16h17
(atualizado às 16h29)
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O Itaú elevou suas projeções para o dólar em 2024 e 2025, citando uma piora dos fundamentos domésticos, com o aumento da percepção de risco, e também para a inflação no mesmo período, destacando o efeito de uma depreciação do câmbio sobre alimentos e bens industriais e um reajuste recente da gasolina.

Em um relatório divulgado nesta sexta-feira, a instituição financeira elevou a estimativa para a moeda norte-americana neste ano, de 5,15 para 5,30 por dólar, e em 2025, de 5,25 para 5,40 por dólar.

Para o IPCA, a projeção do banco subiu para 4,0% nos dois anos, ante previsões anteriores de 3,8% em 2024 e 3,7% em 2025. A projeção foi alterada para refletir os últimos movimentos no mercado de câmbio e um desequilíbrio nos riscos.

Segundo o relatório, o banco incorporou parte dos efeitos da depreciação do câmbio, e seus impactos sobre preços de alimentos e bens em suas previsões já em 2024, para incorporar possíveis defasagens.

"O balanço de riscos para nossa projeção segue assimétrico de alta: um câmbio ainda mais depreciado pode ter efeitos adicionais sobre alimentos e industriais", afirma o relatório.

"Além disso, o mercado de trabalho apertado pode se traduzir numa inflação de serviços subjacentes mais próxima de 6% (vs. 5,5% do nosso cenário). Para piorar, um novo atraso na devolução dos choques dos preços de alimentos in natura pode levar nossa projeção de alimentos para próximo de 6% (vs. 5% no nosso cenário)", apontou o relatório assinado pelo economista-chefe da instituição financeira, Mario Mesquita.

Sobre o dólar, o banco citou que a alta recente registrada mostrou um "aumento significativo do prêmio de risco, refletindo os desafios fiscais". O texto explica que a apreciação cambial projetada frente ao patamar atual é condicional ao anúncio do bloqueio de despesas.

No relatório, o Itaú destacou que as novas estimativas são baseadas na perspectiva de anúncios de medidas econômicas e na expectativa de um bloqueio de gastos do governo de ao menos 20 a 30 bilhões de reais, que, se não se realizarem ou forem insuficientes, prejudicarão a percepção do mercado sobre o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal, o que pode resultar em efeitos significativos sobre os preços de ativos semelhantes aos observados nas últimas semanas.

"Sem a confiança de que a regra de gastos do arcabouço será respeitada à frente, haverá um aumento significativo do risco de retorno a uma trajetória insustentável da dívida pública", disse o relatório.

Contudo, o Itaú manteve inalteradas suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto para 2024 e 2025, em 2,3% e 1,8%, respectivamente, e para a taxa Selic, em 10,50% ao ano até o final de 2025.

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