Itaú Unibanco tem maior lucro da história no 1º trimestre
Resultado do banco foi pautado por nova queda dos calotes, crescimento moderado do crédito, recuo de margens e forte avanço das receitas com serviços
O Itaú Unibanco divulgou lucro do primeiro trimestre em linha com as previsões, pautado por nova queda dos calotes, crescimento moderado do crédito, recuo de margens e forte avanço das receitas com serviços. O maior banco privado da América Latina anunciou nessa terça-feira lucro líquido de R$ 4,42 bilhões para os três primeiros meses deste ano, crescimento de 27,3% ante igual período de 2013.
O resultado é o maior já registrado na história dos bancos brasileiros de capital aberto no período, segundo levantamento da consultoria Economatica. O recorde anterior já era do Itaú Unibanco, com R$ 3,53 bilhões, em 2011. A instituição também possui o terceiro lugar (R$ 3,48 bilhões em 2013), e o resultado do Bradesco neste ano aparece em quarto (R$ 3,44 bilhões).
Excluindo eventos extraordinários, o lucro do Itaú Unibanco foi de R$ 4,53 bilhões, aumento anual de 29%. A previsão de sete analistas consultados pela Reuters era de lucro de R$ 4,54 bilhões. A instituição financeira fechou março com uma carteira de crédito, incluindo avais, fianças e títulos privados, de R$ 508,25 bilhões, um avanço de 11,4% em 12 meses, com destaque para as linhas de consignado e imobiliário.
O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, foi de 3,5% no fim do período, ante índice de 3,7% em dezembro e de 4,5% um ano antes. Foi a sétima queda seguida, para o menor nível desde o final de 2008. Já as despesas do Itaú com provisões para perdas com calotes somaram R$ 4,25 bilhões no trimestre. Embora tenham caído 13,9% na comparação anual, subiram 1,4% sobre dezembro.
O Itaú Unibanco teve receita com tarifas e serviços de R$ 6,057 bilhões de janeiro a março, alta de 18,3% em 12 meses. O retorno recorrente do Itaú Unibanco sobre o patrimônio (ROE) foi de 22,6% no período, ante 19,1% um ano antes. Um ponto mais fraco do balanço foi a margem líquida obtida com clientes (ajustado ao risco), que atingiu 6,6% no trimestre, queda de 0,3 ponto ante o quarto trimestre de 2013, embora tenha crescido 0,7% na comparação anual.