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Itaú Unibanco vê migração de investidor para CDB, com juro maior

3 mar 2010 - 20h02
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A decisão do Banco Central (BC) de elevar o compulsório na semana passada vai provocar um recolhimento de mais de R$ 20 bilhões por parte do Itaú Unibanco, disse nesta quarta-feira o diretor de Relações com Investidores da instituição, Alfredo Setubal.

Segundo ele, o aumento do compulsório vai provocar um aumento nos juros ao tomador e uma elevação no rendimento dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs).

"Vai ter uma competição maior pelos recursos. Acho que muitos investidores vão sair de fundos para fazer aplicações diretas em depósitos bancários (CDBs). Vai ter uma competição grande por parte dos bancos de varejo para fazer frente a esse recolhimento (compulsório)", disse ele no Rio de Janeiro, após apresentação do resultado do banco a investidores.

O CDB é o meio mais barato e simples de os bancos se financiarem, o que será necessário para compensar a liquidez enxugada com o aumento do compulsório.

"Não é que os bancos não tenham caixa, é para manter a liquidez. Vai sair muito caixa (pelo aumento do compulsório) e os bancos não podem operar com caixa baixo. Precisa haver uma reposição de boa parte do que foi recolhido", disse.

Na avaliação dele, os CDBs deverão render mais que fundos de renda fixa nos próximos meses.

"Você tem um mercado de crédito crescendo, então você tem que manter o caixa para fazer frente à essa demanda de crédito, e ainda repor o recolhimento", afirmou.

Em 24 de fevereiro, o BC reverteu boa parte da flexibilização do recolhimento de depósitos compulsórios promovido no auge da crise financeira mundial, enxugando R$ 71 bilhões da economia.

O executivo do Itaú Unibanco não acredita em novas medidas pelo BC para reduzir a liquidez do mercado.

O Itaú Unibanco estima um avanço de até 18% de sua carteira de crédito em 2010, após tímido crescimento de 2,4% no ano passado, quando os bancos privados pisaram no freio na concessão de empréstimos em meio à crise global.

Para o executivo do Itaú Unibanco, a única medida adicional para conter o aquecimento da economia seria a elevação da taxa Selic, porém, ele acredita que neste momento, o impacto seria secundário.

"Com essa medida do compulsório e com o aumento natural das taxas no mercado financeiro, que já estão ocorrendo, a necessidade de aumento da taxa de juros (Selic) diminui."

"O compulsório já provoca um aumento da taxa (de juros futuros). A partir do momento em que o banco capta mais caro, ele empresta mais caro. O compulsório já provocou um aumento de taxas, que gera retração da demanda de crédito, e a magnitude do impacto do juro (Selic) diminui", afirmou.

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Fonte: Invertia Invertia
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