IVAR: conheça o índice referência no mercado de locação
Em maio, o índice desacelerou -0,06%. Taxa acumulada em 12 meses é de 8,14%
Conhecer os índices do mercado é o primeiro passo para quem pensa em alugar um imóvel. Embora os mais conhecidos sejam o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), o mais recomendado para negociação de contrato no mercado de locação é o IVAR (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais).
Calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE), o índice foi desenvolvido para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil. Criado no ano passado, o IVAR mede a evolução dos preços de aluguéis residenciais em quatro das principais capitais brasileiras.
“O IVAR reflete de fato o que acontece no mercado imobiliário. O IPCA e o IGP-M são índices que medem a inflação geral de preços, o IVAR só calcula a variação dos contratos de aluguéis residenciais em atividade. É uma metodologia pensada para o mercado de locação”, explicou em entrevista ao Terra Paulo Picchetti, responsável pela metodologia do IVAR e professor da FGV-EESP.
Conforme os dados divulgados na quarta-feira, 7, o IVAR variou -0,06% em maio, o que representa uma desaceleração em relação à taxa mensal de 0,76% registrada no mês anterior. Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 8,84% em abril para 8,14% em maio.
Entre abril e maio, metade das cidades componentes do IVAR apresentaram queda em suas taxas de variação: São Paulo (de 2,30% para -2,02%) e Porto Alegre (de 1,24% para -0,33%). As demais, Rio de Janeiro (de -0,25% para 3,15%) e Belo Horizonte (de -3,83% para 3,09%) apresentaram acréscimo na variação do aluguel residencial.
As taxas interanuais (Maio 23/Maio 22) desaceleraram em duas das quatro cidades componentes do IVAR: São Paulo (de 8,41% para 6,50%) e Porto Alegre (de 7,40% para 6,13%). Já as cidades do Rio de Janeiro (de 9,63% para 11,63%) e de Belo Horizonte (de 10,48% para 11,68%) registraram avanços em suas taxas interanuais.