Johnson & Johnson vai pagar US$ 15 milhões a homem que diz que talco da marca causou câncer
Autor do processo alegava que a empresa comercializava talcos com amianto, substância cancerígena
Johnson & Johnson condenada a pagar US$ 15 milhões a homem que desenvolveu câncer por uso de talco. Empresa ainda enfrenta outros processos que alegam a aparição de câncer relacionados aos seus produtos.
A Johnson & Johnson foi condenada pelo Tribunal Superior de Connecticut, nos Estados Unidos, a pagar US$ 15 milhões (cerca de R$ 85,3 milhões) a um homem que diz ter desenvolvido um raro tipo de câncer por causa do uso de um dos talcos da marca.
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Segundo a agência Reuters, Evan Plotkin processou a companhia em 2021, pouco depois do seu diagnóstico. Ele afirmava ter desenvolvido mesotelioma, um câncer raro que se desenvolve na membrana que reveste o interior da parede torácica e do abdômen, por ter inalado o talco de bebê da Johnson & Johnson por muitos anos.
O julgamento aconteceu na última terça-feira, 15, e a corte entendeu ainda que a empresa terá que pagar indenização adicionais por outros danos. Esses valores, porém, ainda serão determinados.
O advogado de Plotkin comemorou a condenação e disse que a Johnson & Johnson terá que pagar pela propaganda e venda de produtos que sabidamente continham amianto. A substância, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), está relacionada à ocorrência de diversas doenças, entre elas o mesotelioma, o câncer de pulmão e a asbestose.
No entanto, a Johnson & Johnson ainda deve recorrer. Em um comunicado, Erik Haas, vice-presidente mundial de litígios da empresa, disse que a companhia irá apelar das decisões "errôneas" do juiz de primeira instância.
Esse não é o único caso que relaciona a marca a casos de câncer. No mês passado, uma subsidiária da empresa ingressou com um pedido de recuperação judicial para encerrar os processos que acusam talcos da marca de estarem relacionados a casos de câncer de ovário.
Na ocasião, a Johnson & Johnson concordou em pagar US$ 8 bilhões (cerca de R$ 45,42 bi) para encerrar os processos judiciais.