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Joice diz que até 7 de julho reforma será votada no plenário

A deputada admitiu que o governo ainda não tem 308 votos necessários, mas disse que falar disso agora 'é bobagem'

14 jun 2019 - 17h19
(atualizado às 17h53)
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A líder do governo no Congresso Nacional, Joice Hasselmann (PSL-SP), avalia que entre os dias 2 e 3 de julho o texto da reforma da Previdência chegará ao plenário da Câmara dos Deputados, e até o dia 7 a matéria será votada. Ela disse que não há chance da reforma não ser votada pelos deputados antes do recesso. "Estou percorrendo o Brasil inteiro em uma caravana da Previdência", disse.

Segundo ela, muitos parlamentares ainda resistem a aprovar a reforma, "principalmente no Norte e Nordeste, onde tem mais partido de oposição", e a intenção é convencê-los da necessidade da votação ainda em julho, antes do recesso. Ela admitiu que o governo ainda não conseguiu os 308 votos necessários entre os deputados para aprovar o texto, mas disse que falar disso agora "é bobagem".

A deputada federal e líder do governo Joice Hasselmann participou de almoço na sede da Firjan, região central do Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (14). A deputada falou, ao lado do governador Wilson Witzel, da tramitação da reforma da previdência na Câmara dos Deputados.
A deputada federal e líder do governo Joice Hasselmann participou de almoço na sede da Firjan, região central do Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (14). A deputada falou, ao lado do governador Wilson Witzel, da tramitação da reforma da previdência na Câmara dos Deputados.
Foto: BRUNO ROCHA/FOTOARENA / Estadão

"Alguns parlamentares não estão confortáveis ainda em votar a Previdência, em especial o Norte e Nordeste, por isso os governadores são importantes, porque os parlamentares falam que não vão votar, mas agora que viram que Estados e municípios podem sair (da reforma), até os Estados de oposição já estão dizendo que tem que colocar Estados e municípios na proposta", informou a parlamentar, ironizando que a oposição é contra a reforma, mas quer que os Estados e municípios estejam nela.

Segundo ela, retirar os Estados e municípios foi uma maneira de fazer com os que atacam a Previdência se envolvam. De acordo com a deputada, esse foi um dos assuntos que conversou na reunião que teve hoje com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Um pouco antes da entrevista de Hasselmann, o governador Witzel disse a jornalistas que está confiante na volta dos Estados e municípios para o texto da reforma, mas se disse preocupado com a dificuldade que o governo está tendo para aprovar a reforma, e ainda mais com as que virão pela frente. "O governo precisa ter uma base sólida no Congresso", criticou.

A deputada destacou que é necessário um grande envolvimento de todos os parlamentares para tentar aumentar a economia, depois do relatório divulgado ontem ter apontado uma economia de apenas R$ 860 bilhões, nos cálculos do ministro da Economia, Paulo Guedes. "Eu sonhava com o número mágico de R$ 1 trilhão, mas vamos tentar aumentar", afirmou, sem fazer estimativas.

Estadão
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