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Jovens são os maiores compradores no 'Minha Casa, Minha Vida'; saiba como conquistar o 1º imóvel

Do total de contratos em todo Brasil, 50,2% tiveram como beneficiários jovens na faixa entre 18 e 30 anos

14 out 2024 - 05h00
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 Minha Casa, Minha Vida tem como objetivo tornar o sonho da casa própria realidade.
Minha Casa, Minha Vida tem como objetivo tornar o sonho da casa própria realidade.
Foto: Divulgação

Entre 2021 e outubro de 2024 foram investidos mais de R$ 255 bilhões e realizados 1,63 milhão de contratos pessoa física em todo o Brasil no âmbito do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Do total de contratos, 50,2% deles tiveram como beneficiários jovens na faixa entre 18 e 30 anos – sendo que 25,5% na subfaixa de 18 a 25 anos e 24,7% no subfaixa de 26 a 30 anos. Os dados são da Caixa e do Ministério das Cidades.

O imóvel na planta é o tipo mais procurado por jovens entre 18 e 30 anos, representando 52,7% das contratações. Esta opção tem atraído o público por diversas razões, como condições de financiamento acessíveis, com subsídios governamentais que reduzem o valor das parcelas e das taxas de juros.

O Minha Casa, Minha Vida tem como objetivo tornar o sonho da casa própria realidade. A política habitacional, retomada pelo Governo Federal em fevereiro do ano passado, oferece tanto unidades habitacionais subsidiadas, quanto condições especiais para o financiamento da primeira casa própria – e, talvez, você se enquadre no programa e não saiba.

"O programa tem uma importância muito grande no mercado imobiliário, na economia brasileira, porque obriga a construção de milhares de imóveis e isso tudo movimenta uma indústria periférica gigantesca. E por mais que se divulgue, tem um número grande de pessoas com possibilidade de se beneficiar do programa que acabam não se inscrevendo", afirma José Augusto Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP).

No geral, o programa é direcionado para famílias com renda mensal bruta de até R$ 8 mil em áreas urbanas e com renda anual bruta de até R$ 96 mil para famílias de áreas rurais. Em meio a isso, as linhas de atendimento variam de acordo com as três faixas de renda determinadas.

  • Faixa 1

Renda: Famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.850,00 mensais em áreas urbanas; famílias com renda bruta anual de até R$ 40.000,00 em áreas rurais.

Atendimento: Famílias nessa faixa que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou que sejam participantes do Bolsa Família são isentas de prestações – ou seja, têm direito ao imóvel 100% gratuito. Sendo assim, quem se enquadra nessa faixa pode ser atendido com unidades habitacionais subsidiadas e, também, financiadas.

Na faixa 1, a taxa de juros do financiamento é de 4% para quem vive nas regiões Norte e Nordeste e de 4,25% para quem mora nas demais regiões do País.

  • Faixa 2

Renda: Famílias com renda bruta mensal de R$ 2.850,01 a R$ 4.700,00 em áreas urbanas; famílias com renda bruta anual de R$ 40.000,01 a R$ 66.60 em áreas rurais.

Atendimento: Nesses casos, o imóvel pode ser adquirido por meio de financiamento habitacional. Os juros da faixa 2 ficam entre 4,75% e 7% ao ano.

  • Faixa 3

Renda: Famílias com renda bruta mensal de R$ 4.700,01 a R$ 8.000,00 em áreas urbanas; famílias com renda bruta anual de R$ 66.600,01 a R$ 96.000,00 em áreas rurais.

Atendimento: Nesses casos, o imóvel pode ser adquirido por meio de financiamento habitacional e precisa ter o valor de venda de até R$ 270 mil – válido para todo território nacional. Os juros da faixa 3 têm como limite 8,16% ao ano – abaixo do preço do mercado.

A cota de financiamento máxima é de 70% para aquisição de imóveis usados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e de 50% para as regiões Sul e Sudeste, onde está concentrada a maior parte das operações de aquisição de imóveis usados firmadas neste exercício.

Independentemente da faixa, não são incluídos nos cálculos de renda bruta familiar benefícios temporários de natureza indenizatória, assistenciais ou previdenciários, como auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Bolsa Família.

Como faço para participar do Minha Casa, Minha Vida?

Quem se enquadra na Faixa 1 e quer ter acesso às unidades habitacionais construídas por meio de Provisão Subsidiada, é preciso se inscrever por meio de cadastros habitacionais locais – de governo do Estado ou municípios. A seleção dos beneficiários também é feita por meio dessas instâncias, respeitando critérios estabelecidos.

Financiamento

Em todas as faixas, para o financiamento de imóveis por meio do Minha Casa, Minha Vida, é preciso que a família primeiro encontre um imóvel de seu interesse que esteja enquadrado nos critérios do programa. A partir disso, é preciso procurar o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal, instituições financeiras que operam o programa, para que o financiamento da moradia seja avaliado.

A partir disso, é feita a análise de risco de crédito e de enquadramento das famílias para aprovação do financiamento.

Fica a dica: A Caixa Econômica Federal disponibiliza um 'Simulador Habitacional' online. Por lá é possível informar os seus dados e obter cenários de financiamento – inclusive, por meio do Minha Casa, Minha Vida, caso você se enquadre em alguma das faixas de renda.

Além disso, há imobiliárias que auxiliam no processo de financiamento pelo Minha Casa, Minha Vida quando o imóvel em questão está sendo anunciado por elas e se enquadra no programa.

Como se preparar para adquirir o primeiro imóvel 

O Terra consultou especialistas em investimentos para saber como se preparar financeiramente para comprar o primeiro imóvel, seja no âmbito do Minha Casa, Minha Vida ou em uma construtora. José Augusto Balotari, assessor da Manchester Investimentos, orienta dar 30% de entrada e ter um reserva de emergência.

"Acredito que até 30% seja um número confortável para se programar a dar de entrada em seu primeiro imóvel. Além disso, é importante se programar a ter um recurso de reserva para pagar possíveis taxas que possam aparecer ao decorrer do contrato", recomenda.

Outra dica do especialista é o valor das parcelas. Segundo ele, não pode comprometer mais de 30% da sua renda mensal. 

Consórcio de imóveis

Um levantamento feito entre os clientes do Mycon, primeira fintech de consórcios do Brasil, revela que 72% das pessoas que possuem um consórcio de imóveis têm entre 24 e 48 anos. Ainda de acordo com o levantamento, 71% dos clientes se declararam homens e 26% mulheres. O consórcio de imóvel representa 43,4% do volume de cotas vendidas até agora.

Francis Silva, CFO do Mycon, explica como aproveitar a modalidade, que tem como característica ser um sistema de financiamento coletivo em que um grupo de pessoas se reúnem para atingir um objetivo de compra. Os objetivos podem ser a compra de um imóvel novo ou usado, a compra de um terreno, a construção de um imóvel, reforma ou até mesmo o pagamento de um financiamento. 

Funciona da seguinte maneira:

  • Formação do grupo: Um grupo de pessoas interessadas em adquirir o bem se reúnem para formar o consórcio. Esse grupo é administrado por uma empresa especializada, conhecida como administradora de consórcio;
  • Contribuições mensais: Cada participante do consórcio deve fazer contribuições mensais, os chamados "fundo comum", que são parte do valor da parcela. Essas contribuições são estabelecidas no início do contrato;
  • Contemplação: A cada mês, por meio de sorteio ou lance e mediante existência de recursos suficientes no grupo, um ou mais participantes são contemplados e têm o direito de utilizar o crédito para adquirir o bem ou serviço desejado. O contemplado tem o seu cadastro e crédito aprovado e recebe uma carta de crédito que equivale ao valor estabelecido no contrato, permitindo a compra do bem, o qual fica alienado para a administradora; 
  • Pagamento das parcelas: Mesmo após a contemplação, todos os participantes continuam pagando suas parcelas até o final do contrato. O pagamento das parcelas é importante para manter o funcionamento do consórcio e garantir que todos os participantes possam ser contemplados ao longo do tempo;
  • Encerramento do grupo: Quando todos os participantes do consórcio forem contemplados, o grupo é encerrado. Caso algum participante tenha desistido ou não tenha sido contemplado ao final do contrato, é possível que haja uma devolução proporcional do valor pago, de acordo com as regras estabelecidas no contrato.

Vale ressaltar que as regras e condições podem variar de acordo com a administradora de consórcio e o tipo de consórcio. É importante ler atentamente o contrato e esclarecer todas as dúvidas antes de aderir a um consórcio.

Qual é a diferença entre o financiamento e o consórcio?

Ambos são produtos de crédito que facilitam o processo de aquisição de imóveis ou outros bens e serviços. No entanto, as diferenças são bem definidas.

Por exemplo, no financiamento, o banco cobra juros pelo valor emprestado, enquanto no consórcio, a administradora cobra uma taxa pela gestão do grupo.Na comparação de custo, a taxa de administração é em geral mais baixa do que os juros do financiamento.

Confira outras diferenças entre financiamento e consórcio:

  • No financiamento, há necessidade de entrada, enquanto isto não acontece no consórcio;
  • No financiamento, há análise do crédito na adesão, enquanto no consórcio esta análise ocorre no momento da contemplação;
  • No financiamento, o tomador recebe o dinheiro imediatamente após a aprovação do crédito, enquanto no consórcio, a contemplação pode ocorrer por sorteio ou lance;
  • No financiamento, as parcelas podem ser variáveis (como no caso de juros flutuantes) ou fixas (quando os juros são pré-fixados), enquanto no consórcio as parcelas variam anualmente por um índice de inflação, na mesma medida que acontece a atualização do crédito não contemplado, o que é feito para manter o poder de compra do consorciado.

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Fonte: Redação Terra
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