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'Juro não faz chover', diz Haddad após dados de inflação relacionados à seca

O ministro da Fazenda também comentou a aprovação de Gabriel Galípolo à presidência do BC

9 out 2024 - 09h59
(atualizado às 10h10)
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Resumo
Ministro da Fazenda defende que não é necessário aumentar a taxa de juros, mesmo após variação positiva do IPCA, atribuindo aumento de preços à seca.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a bater na tecla de que não é necessário mais aumentos na taxa básica de juros, a Selic, mesmo após variação positiva do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em conversa com jornalistas, nesta quarta-feira, 9, após a divulgação do indicador pelo IBGE, Haddad disse considerar o aumento de preços temporário, vinculado principalmente à seca.

"Isso não tem a ver com o juro. Juro não faz chover. Isso tem a ver com o fato de que tem um choque de oferta, em virtude da seca, que traz problemas para a inflação. Mas é temporário, não é uma coisa que vai se estender no tempo", afirmou o ministro.

Haddad complementou acreditar que, em breve, os preços voltarão ao normal. No IPCA de setembro, que registrou aumento de 0,44%, a principal influência veio da energia elétrica, que, com o acionamento da bandeira vermelha, saiu de uma queda de 2,77% em agosto para um aumento de 5,36% em setembro.

No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%. O valor está próximo ao limite da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3% mas com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Apesar da discordância sobre uma possível manutenção do ciclo de alta de juros, Haddad disse que a discussão sobre o assunto cabe apenas ao Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

"O juro já está no campo restritivo, como a gente costuma dizer. Mas isso é uma discussão técnica que os novos diretores farão. Agora vamos ter a partir de janeiro novos três nomes, vamos ver como as coisas vão se dar", afirmou.

Aprovação de Galípolo à presidência

O ministro da Fazenda também comentou a aprovação de Gabriel Galípolo, após sabatina que ocorreu na terça-feira, 8, como novo presidente do Banco Central. Para Haddad, a aprovação de um nome escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "é um sinal de que institucionalmente as coisas vão bem".

Haddad afirmou que em novembro devem ocorrer novas sabatinas, de pessoas indicadas para ocupar os cargos na diretoria que irão vagar. Ele falou ainda sobre a falta de mulheres no órgão.

"Temos sim essa preocupação com a questão de gênero no BC. E o Galípolo ficou de ato contínuo à sabatina, de levar ao presidente Lula alguns nomes, uma vez que ele é quem é atendido pelo Senado, para que esses nomes sejam sabatinados."

Comissão do Senado aprova por unanimidade indicação de Galípolo para presidência do Banco Central:
Fonte: Redação Terra
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