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Juros do rotativo do cartão de crédito atingem 482,1% ao ano

23 dez 2016 - 12h06
(atualizado às 12h06)
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A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito chegou ao recorde de 482,1% ao ano, em novembro
A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito chegou ao recorde de 482,1% ao ano, em novembro
Foto: Agência Brasil

A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito chegou ao recorde de 482,1% ao ano, em novembro, informou hoje (23) o Banco Central (BC). A taxa subiu 6,3 pontos percentuais em relação a setembro e foi a maior da série histórica iniciada em março de 2011.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Ontem, o governo anunciou a limitação da permanência do cliente no rotativo do cartão de crédito por 30 dias. Essa medida ainda será implementada e poderá reduzir pela metade da taxa de juros do cartão de crédito, a partir do fim do primeiro trimestre do ano que vem, segundo previsão do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Outra taxa de juros alta na pesquisa mensal do BC é a do cheque especial, que chegou ao novo recorde de 330,7% ao ano. Essa é a maior taxa da série histórica iniciada em julho de 1994.

A taxa média de juros para as famílias ficou estável em 73,6% ao ano, em novembro, comparada a outubro.

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual para 6,1%. A taxa de inadimplência das empresas caiu 0,2 ponto percentual para 5,4%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas caiu 0,5 ponto percentual para 29,9% ao ano.

Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas ficou estável em 10,2% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 0,9 ponto percentual para 11,1% ao ano. A inadimplência das famílias caiu de 0,1 ponto percentual para 1,9% e das empresas permaneceu em 1,8%.

O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos subiu 0,3% de outubro para novembro, mas no ano registra queda de 3,6%. No mês passado, o saldo ficou em R$ 3,104 trilhões.  Esse saldo correspondeu a 49,5% de tudo o que o país produz - Produto Interno Bruto (PIB), em novembro ante o percentual de 49,7% registrado em outubro deste ano.

Agência Brasil Agência Brasil
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