Leilão de geração de energia termina com deságio de 8,67%
O 18º leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para contratar energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração de fontes hidráulica, eólica, solar e termelétrica (a biomassa, o carvão ou gás natural em ciclo combinado) terminou com deságio médio de 8,67%. Ao todo, 119 empresas arremataram empreendimentos e ofereceram deságio médio de 8,67%, o que significa economia de R$ 3,34 bilhões.
A energia eólica teve o maior número de vencedores (97), seguida pelas pequenas centrais hidrelétricas (16) e a biomassa (5). O principal empreendimento da concorrência, a Hidrelétrica São Manoel, foi arrrematada pela Terra Nova, que ofereceu o preço de R$ 83,49 por megawatt-hora, deságio de 21,97% em relação ao preço inicial proposto de R$ 107 por megawatt-hora. A usina deverá ser construída no Rio Teles Pires, em Mato Grosso, e terá potência de 700 megawatts.
Haviam sido habilitados para o leilão 687 projetos, dos quais 539 são empreendimentos eólicos, 88 solares fotovoltaicos, sete solares heliotérmicos, 32 pequenas centrais hidroelétricas, dois hidrelétricos, 14 termelétricos a biomassa, quatro termelétricos a carvão e um termelétrico a gás natural. O leilão contratou energia de usinas que somam 3.507 megawatts (MW) de potência instalada, com destaque para as eólicas, que venderam energia de 2.338 MW de 97 parques.
O consórcio Terra Nova, é formado por EDP Energias de Portugal e Furnas, da Eletrobras, venceu a concessão da usina São Manoel. EDP tem 67% no consórcio vencedor e Furnas tem 33%, segundo informações divulgadas no leilão. "Cinco consórcios fizeram ofertas (pela usina)", disse o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.
O presidente da Comissão Especial de Licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ivo Nazareno, disse que o consórcio venceu o leilão apresentando lance decisivo para arrematar o empreendimento na primeira rodada. Tolmasquim acrescentou ainda que em 2013 a contratação de projetos de energia eólica no Brasil foi recorde para um ano, somando 4,7 GW, considerando todos os leilões realizados.
O preço médio de toda a energia vendida no leilão foi de R$ 109,93 por MWh, sendo que foi contratado um volume total de energia de 325.582.714,900 MWh. O leilão movimentou R$ 35,8 bilhões em contratos de energia. Os investimentos previstos nas usinas viabilizadas no leilão somam R$ 12,8 bilhões, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Diversificação
Além de São Manoel, 16 outros projetos hidrelétricos menores venderam energia no leilão, 97 eólicas, 4 térmicas a biomassa e 1 térmica a cavaco de madeira. "O leilão contratou só fontes renováveis, isso é um fato interessante, além da diversificação de fontes renováveis", disse Tolmasquim. As PCHs venderam energia ao preço médio de R$ 137,35 por MWh, ante preço máximo para a fonte de R$ 144 por MWh. O preço-médio da energia eólica no leilão foi de R$ 119,03 por MWh, deságio de 2,43% em relação ao preço-teto de R$ 122 por MWh.
A energia a biomassa de cana vendeu energia ao preço médio de R$ 133,38 por MWh e a térmica a cavaco de madeira vendeu a R$ 135,49 por MWh. O preço máximo para essas fontes também era de R$ 144 por MWh. O leilão A-5 contratou energia que precisa ser entregue a partir de 2018 ao mercado atendido pelas distribuidoras.
Com informações da Agência Brasil.