Leis trabalhistas travam a economia do País, diz ministro
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior disse na sexta-feira que algumas leis trabalhistas e a baixa produtividade têm sido entraves para a competitividade da economia do país. Segundo Mauro Borges, as leis são "uma herança bastante negativa para a competitividade de uma economia que quer ser integrada no mundo", citando por exemplo, as normas do Ministério do Trabalho.
"Considero que esse é um tema crítico para a economia brasileira hoje. Cobre várias questões como, por exemplo, a questão da terceirização", disse o ministro, ao participar de evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Ele acrescentou que a Petrobras "não sobrevive" sem terceirização, assim como a Eletrobras que, "sem terceirização, também é inviável".
Para ele, a economia brasileira ainda é altamente indexada, processo que não foi totalmente eliminado e, a questão dos salários e das relações de trabalho são parte desse processo de indexação e têm de ser enfrentados.
Quanto à produtividade, Mauro Borges disse que "não tem como a gente continuar tendo ganhos reais de salários no Brasil sem atentar para a produtividade". "Qualquer economista sabe disso e o governo tem que explicitar isso".
O mandatário da pasta ainda afirma que está em negociações com a União Europeia para um acordo comercial e busca também uma integração mais forte na América do Sul e na América Latina, considerando estratégica a proximidade com o México.