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Lembra delas? O que aconteceu com as marcas CCE, Toshiba, Gradiente e Sharp

Marcas de eletrônicos tiveram protagonismo no passado contribuíram para o avanço tecnológico do Brasil

26 abr 2024 - 05h00
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Eletrônicos da Comércio de Componentes Eletrônicos (CCE)
Eletrônicos da Comércio de Componentes Eletrônicos (CCE)
Foto: Reprodução/Redes sociais

Antes de Apple e Samsung dominarem o mercado tecnológico brasileiro e mundial, empresas como CCE, Toshiba, Gradiente e Sharp também tiveram protagonismo no Brasil. Referências em eletrônicos, estas marcas contribuíram para o avanço tecnológico do País no século XX.

Embora muitos não se lembrem delas, as marcas foram pioneiras na indústria tecnológica e responsáveis por produzir e comercializar produtos como telefones, televisores, computadores, videogames, DVDs, entre outros. Mas afinal, o que aconteceu com essas marcas?

O Terra conta abaixo um pouco sobre cada uma dessas empresas. Das quatro citadas, a primeira suspendeu as atividades, a segunda deixou de vender produtos no Brasil, a terceira mudou de linha de negócio e a quarta passou a atuar como fornecedora para outras marcas.

CCE

Conhecida por oferecer alternativas em eletrônicos com preços mais acessíveis ao consumidor brasileiro no passado, a Comércio de Componentes Eletrônicos (CCE) foi fundada em 1964 por Isaac Sverner com o objetivo de importar e comercializar componentes eletrônicos. Nos anos 80, a companhia saiu do status de apenas comercializar produtos para passar a produzir.

A empresa fez de tudo um pouco. Produziu videocassetes e televisores, modulares de áudio, rádio-gravadores e outros eletrônicos portáteis, nos anos 80 comercializou também videogames e durante o fim dos anos 90 e início dos anos 2000 esteve presente no mercado de eletrodomésticos e microcomputadores.

Em 2012, a CCE foi adquirida pela Lenovo, numa tentativa de expandir a participação no mercado brasileiro. No entanto, em 2015, a Lenovo devolveu o controle da empresa para a família Sverner. A empresa encontra-se fechada, com atividades suspensas.

Toshiba

A história da Toshiba começa em 1875, quando foi fundada por Hisashige Tanaka, ainda sob o nome Tanaka Seizo-sho. A companhia produzia equipamentos para telégrafos e outros dispositivos elétricos e voltados para comunicações. A Toshiba chegou ao Brasil em 1968, época em que a empresa expandiu seus negócios para o mercado internacional.

Em 1977, a companhia fez um acordo com a brasileira Semp, formando a Semp Toshiba, responsável pela fabricação de rádios, televisores, computadores, DVDs, entre outros. Em 2016, foi desfeita a parceria com a Semp, e os produtos da Toshiba deixaram de ser vendidos no Brasil em 2021.

Gradiente

A Gradiente foi criada por um grupo de estudantes de engenharia da Universidade de São Paulo (USP) em outubro de 1964. Ela surgiu como fabricante de amplificadores de som via transistores, uma novidade para a época. Em 1970, o empresário Émile Staub comprou a companhia.

A empresa ficou conhecida pelo pioneirismo. Ela foi responsável por lançar o primeiro telefone brasileiro, em 1979. A marca também foi famosa por seus equipamentos de som. A Gradiente produzia toca-fitas, toca-discos e foi a primeira companhia brasileira a produzir tocadores de CD e DVD e telefones celulares.

Depois de uma série de decisões estratégicas erradas tomadas no início deste século, a Gradiente passou a ter dificuldades financeiras. Com dificuldades de se reestruturar e enfrentar a forte concorrência, a companhia anunciou, em 2018, o pedido de recuperação judicial.

O processo durou cinco anos e a empresa deixou de produzir eletrônicos de consumo. Atualmente, a empresa trabalha com duas linhas de negócios distintas: a administração de galpões logísticos e licencia sua marca para uma importadora e fabricante de eletroportáteis e caixas de som, e recebe royalties sobre as vendas.

Sharp

A Sharp, marca japonesa, se consolidou no mercado brasileiro com a venda de aparelhos de televisão na década de 1980. A empresa, fundada por Tokuji Hayakawa, foi a primeira a fabricar o forno de micro-ondas na década de 1960. A trajetória de sucesso mundial, porém, acabou esbarrando na falência das suas operações no Brasil em 2003.

Os erros passaram por uma frente de operações amplas a ponto de perder o controle, bases fabris muito caras e processos de governança interna e sucessão mal estabelecidos. A companhia já está fora das prateleiras do varejo brasileiro há 20 anos, e passou a atuar como fornecedora de displays de LCD para outras marcas como Apple e Samsung.

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Fonte: Redação Terra
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