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Líder do PSL no Senado critica demora na reforma e diz que não sente 'ânimo' no Legislativo

Major Olímpio acredita que texto já poderia ter sido votado na Comissão Especial da Câmara e afirma que a última semana 'foi perdida' na articulação sobre a proposta

27 jun 2019 - 16h47
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O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, criticou nesta quinta-feira, 27, a demora na votação da reforma da Previdência. Ele disse que não tem sentido "ânimo" no Legislativo, mas ponderou que ainda há tempo para votar o texto na Câmara antes do recesso, sem descartar que há risco de que fique para o segundo semestre.

"Tempo tem (para votar), precisa ter o ânimo. Vamos ser muito claros, já poderíamos ter o relatório votado na Comissão Especial, se protelou isso, está jogando para isso, se bobear empurra mais um dia e o País está asfixiado", disse em evento do Credit Suisse para investidores, em São Paulo, do qual também participou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Major Olímpio defende a suspensão do recesso de meio de ano no Congresso.
Major Olímpio defende a suspensão do recesso de meio de ano no Congresso.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado - 28/5/2019 / Estadão

Para o senador, a última semana "foi perdida" na articulação pela reforma. "Lamentavelmente não vejo esse ânimo geral, essa foi uma semana perdida. E pode conduzir para um processo em que não aconteça a votação esse semestre."

Ele não quis apontar culpados pela demora e, questionado sobre uma falta de articulação política do governo, afirmou que a culpa é de todos. "A culpa é de todos nós, não vou aliviar ninguém. Eu também sou culpado. Todo mundo que tem responsabilidade pública nesse momento é culpado. Todos nós temos que entrar em campo nesse momento", afirmou.

Olímpio voltou a defender a suspensão do recesso de meio de ano no Congresso, mas disse que não tem "encontrado eco" para isso. Segundo ele, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, teria dito que Maia é quem não quer suspender o recesso.

Ele afirmou não acreditar que a votação do abuso de autoridade tenha atropelado a agenda do Congresso e atrapalhado a reforma. Ele afirmou ser contrário à medida e disse que o tema "não foi votado com o cérebro ou o coração, foi votado com o fígado".

Estadão
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