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Líder dos caminhoneiros diz que anúncio da Petrobrás não evita completamente greve

Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, afirma que há grupos de articulação da paralisação que fogem ao controle das lideranças sindicais

26 mar 2019 - 17h53
(atualizado às 19h21)
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RIO - Líder dos caminhoneiros, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, acredita que a notícia de que a Petrobrás manterá o preço do diesel congelado por pelo menos 15 dias ainda não é suficiente para evitar uma greve dos caminhoneiros, prestes a estourar a qualquer momento, sob as lideranças que surgem nas redes sociais.

Ele diz que, pessoalmente, não apoia o movimento, mas que há de 15 a 20 grupos de articulação da paralisação no Whatsapp que fogem ao controle de lideranças sindicais como ele. A pressão parte, principalmente, de caminhoneiros de Minas Gerais, contou ele.

Neste mês, Chorão se encontrou com representantes do governo em três ocasiões. Na primeira delas, no dia 15, esteve com Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, ao lado de técnico da Economia, para apresentar a pauta de reivindicação. No que diz respeito aos combustíveis, os caminhoneiros pediram que o preço do diesel fique congelado por pelo menos 30 dias e que também seja reduzidos. "A Petrobras teve lucro exorbitante. Não podemos pagar diesel em dólar", contestou.

Nesta terça, a Petrobrás anunciou que vai manter os preços congelados por no mínimo 15 dias e que vai criar um cartão para os caminhoneiros que poderá significar benefícios aos consumidores. "90% da categoria apoiou a eleição de Bolsonaro. Agora esperamos uma resposta. A Petrobras não responde 100% nossas reivindicações, mas demonstra que o governo busca mecanismos para nos atender", disse Chorão.

Nesta terça, o líder da categoria anunciou que o movimento perdeu força e que, se chegar a ocorrer greve, serão paralisações pontuais. Três Estados já anunciaram que não irão aderir à paralisação marcada para o próximo dia 30: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte. Para ele, o governo federal está mobilizado para atender às reivindicações dos caminhoneiros.

Segundo a entidade que reúne gigantes como a BR Distribuidora, Raízen (joint venture entre Cosan e Shell) e Ipiranga (do Grupo Ultra), o maior problema para os caminhoneiros é a estagnação das vendas, não o preço do diesel.

Estadão
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