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Liderança feminina colabora para maior inovação e lucratividade

Especialista explica como empresas que praticam a equidade de gênero conseguem se sair melhor no mercado

31 jul 2024 - 06h15
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Bia Nóbrega
Bia Nóbrega
Foto: Divulgação

As empresas já entenderam que inclusão e diversidade são pautas essenciais para que estejam alinhadas com as melhores práticas ESG e se destaquem no mercado como um todo. Aliado a isso, o pilar inovação vem formando a base dos novos negócios e a liderança feminina tem se mostrado um componente crucial para esse sucesso e transformação das organizações.

Este é o caso de Bia Nóbrega, uma executiva com quase 30 anos de experiência, cuja carreira multifacetada como palestrante, mentora, conselheira, escritora e professora reflete e impulsiona a evolução do papel das mulheres em posições de liderança. 

"Em um mundo líquido, onde as mudanças são rápidas e constantes, a capacidade de adaptação e inovação das lideranças femininas tem sido fundamental”, explica a especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional.

Ela conta que as mulheres trazem uma perspectiva única que enriquece a cultura organizacional, ampliando a capacidade das equipes em entender e atender às diversas demandas do mercado. Dados da segunda edição do estudo "Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil", realizado pelo IBGE, revelam que as mulheres ocupam 37,4% dos cargos gerenciais, ainda uma minoria em comparação aos homens, que detêm 62,6% desses postos. No entanto, elas são maioria no ensino superior, acumulando conhecimento teórico, técnico e científico que são essenciais para inovar e liderar no ambiente corporativo.

O impacto da liderança feminina no desempenho das empresas é também tema do relatório "Women in Business and Management: The Business Case for Change", da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que conecta a redução da desigualdade de gênero no trabalho a um aumento significativo no PIB. Estudos mostram que uma redução de 50% na disparidade de gênero pode elevar o PIB em até 6% e que, se países como Alemanha e Estados Unidos alcançassem níveis de participação feminina no mercado de trabalho comparáveis aos da Suécia, o PIB global poderia aumentar em mais de 6 trilhões de dólares.

“As empresas que investem em igualdade de gênero não só veem um aumento na rentabilidade, mas também benefícios em produtividade, criatividade e inovação, especialmente em áreas com maior diversidade”, pontua a especialista. 

Aumento na rentabilidade

Segundo outro estudo, que avaliou mais de 70 mil organizações em 13 países, foi constatado que as empresas com maior presença feminina na liderança registram aumentos de 10% a 15% na rentabilidade.

“Nós, mulheres, fomos ensinadas a cuidar, o que pode ser a matriz de disparidades de gênero. Por outro lado, esse contexto nos ajudou a desenvolver soft skills importantes quando em comparação aos homens. Características distintas da liderança feminina, como evolução no trabalho em equipe, melhoria na comunicação interna e otimização dos resultados financeiros, contribuem para o desenvolvimento sustentável das empresas”, explica Bia. 

Além disso, a inteligência emocional e a nova perspectiva que as mulheres trazem para os negócios permitem uma gestão mais inclusiva e inovadora.

Encorajar a liderança feminina e combater a discriminação no ambiente de trabalho são passos fundamentais para promover uma verdadeira transformação nas empresas. 

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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