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Light em crise: A conta de luz pode ficar mais cara no Rio?

Concessionária de energia elétrica reclama de prejuízo causado por uso clandestino em áreas dominadas pelo crime organizado

8 mai 2023 - 05h00
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Crise na Light: a conta de luz pode ficar mais cara no Rio?
Crise na Light: a conta de luz pode ficar mais cara no Rio?
Foto: Divulgação/ Abradee / Estadão

A Light, concessionária de energia elétrica no Rio de Janeiro, está passando por uma crise financeira.

Com uma dívida de R$ 11 bilhões a ser renegociada, a saída que a companhia quer adotar pode acabar pesando no bolso dos cariocas.

Isso porque, conforme revelado pelo Estadão/Broadcast, a Light apresentou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um documento discutindo potenciais ações que poderiam ser tomadas para amenizar as contas no vermelho — uma dessas propostas envolveria uma revisão tarifária extraordinária, o que permitiria uma nova alteração no valor das tarifas.

Ainda não há definição sobre o tema, mas o caso é analisado pela Aneel e até o Ministério de Minas e Energia foi acionado para propor meios para solucionar a crise.

Uso clandestino é a maior causa 

O motivo central da crise pode envolver os atuais níveis de "perdas não técnicas" de energia definidos no contrato de concessão. Essas perdas são resultados de uso clandestino de energia, com os conhecidos 'gatos', em áreas onde a companhia não consegue acessar no Rio — principalmente, onde o crime organizado domina. 

A Light alegou à Aneel, em uma carta enviada no início do ano à agência, que essas perdas "resultariam na imposição de perdas operacionalmente inviáveis e economicamente insustentáveis, comprometendo a saúde financeira da companhia".

Segundo o CEO da Light, Octavio Pereira Lopes, disse em entrevista ao Brazil Journal, a concessionária deixa de receber pagamento por 57,5% da energia que distribui no mercado de baixa tensão. Cerca de 40% dessas perdas são cobertas via tarifa, mas quem arca com o restante do prejuízo é a concessão.

Procurada pelo Terra, a Light informou que não irá se posicionar sobre o assunto.

Pagamentos suspensos

A Light conta, atualmente, com uma proteção jurídica que, por meio de uma decisão liminar, suspendeu as cobranças de credores e debenturistas por 30 dias, prazo que pode prorrogar por mais um mês. Já que, pela lei brasileiras, concessionárias de serviços públicos de energia não podem pedir recuperação judicial ou extrajudicial, essa foi a maneira que a Light encontrou para ter um respiro diante dos vencimentos das dívidas que se aproximavam.

Esse período será importante para o futuro da Light, já que será usado para procurar uma solução viável para os problemas financeiros.

Fonte: Redação Terra
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