Script = https://s1.trrsf.com/update-1725976688/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Lira diz que aumento de tributos sobre empresas e acionistas é 'quase impossível' de ser aprovado

Presidente da Câmara afirmou que qualquer projeto de aumento de tributo é 'muito difícil' de passar no Congresso; governo espera arrecadar R$ 20,94 bilhões em 2025 com alta das alíquotas

31 ago 2024 - 13h58
Compartilhar
Exibir comentários

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), descartou neste sábado, 31, a elevação da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), um tributo cobrado sobre o lucro das empresas, e do imposto sobre a renda retido na fonte incidente nos Juros sobre Capital Próprio (JCP), um tipo de remuneração paga pelas companhias aos seus acionistas.

Lira também descartou neste sábado eventual alteração na meta de resultado primário, de déficit zero, do governo
Lira também descartou neste sábado eventual alteração na meta de resultado primário, de déficit zero, do governo
Foto: Mario Agra/Agência Câmara / Estadão

"Discussão de JCP e CSLL para aumento de arrecadação para cumprir a meta é improvável, é quase impossível" disse em painel realizado no Expert Week, em São Paulo. "Qualquer projeto de aumento de tributo é muito difícil de ser aprovado", mencionou.

O projeto de lei encaminhado pelo governo ao Congresso nesta sexta-feira eleva a alíquota da CSLL em 1 ponto porcentual (pp) para empresas e em 2 pp para instituições financeiras. Também aumenta de 15% para 20% a alíquota do imposto sobre a renda retido na fonte incidente sobre JCP. O governo espera arrecadar R$ 20,94 bilhões em 2025.

No evento deste sábado, Lira também descartou eventual alteração na meta de resultado primário, de déficit zero. Por outro lado, ele criticou o governo no esforço para atingir a meta de resultado primário com base no aumento de arrecadação.

"Não há essa possibilidade (de alterar a meta), o próprio ministro não proporia essa mudança. O arcabouço fiscal vai ser respeitado pelo Congresso, não tenho dúvida", afirmou. Ele lembra que, no regramento da lei, em relação à limitação de gastos estabelecida, há gatilhos a serem acionados se houver descumprimento da meta de primário.

O presidente da Câmara defendeu que a solução para garantir a sustentação do arcabouço fiscal no longo prazo é a desindexação orçamentária. Ele reforçou que o Congresso deve avançar com mais força nessa discussão, já ventilada pela equipe econômica do governo.

"O início de uma discussão forte do Congresso de desvinculação e desindexação orçamentária é quase obrigatória. Porque o arcabouço fiscal não será ultrapassado em hipótese nenhuma", disse.

A discussão sobre reduzir despesas obrigatórias indexadas passa pelos pisos constitucionais da Saúde e Educação, bem como pela desvinculação entres os benefícios do INSS e o reajuste do salário mínimo.

Orçamento da União

Lira disse ainda que o Legislativo tem ingerência sobre o Orçamento Federal e declarou que o correto, na avaliação dele, seria que os parlamentares decidam e opinem sobre emendas.

Na quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu mais dez dias para que o Congresso e o governo federal cheguem ao acordo final para liberação das emendas impositivas e as chamadas "emendas Pix".

"Primeiro erro é achar que Orçamento da União pertence apenas ao Executivo", declarou. "O mais correto é que parlamentares decidam e opinem sobre emendas."

A prorrogação do prazo pelo STF foi anunciada após reunião entre os ministros Luís Roberto Barroso e Flávio Dino, relator das ações sobre as emendas na Corte.

Lira também descartou neste sábado eventual alteração na meta de resultado primário, de déficit zero, do governo
Lira também descartou neste sábado eventual alteração na meta de resultado primário, de déficit zero, do governo
Foto: Mario Agra/Agência Câmara / Estadão
Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade