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Log "deixa" MRV, tem ação negociada em bolsa e mira expansão

20 dez 2018 - 18h56
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A Log Commercial Properties, operadora de galpões logísticos, deixará de ser oficialmente uma subsidiária da MRV Engenharia a partir da abertura do pregão desta sexta-feira, 21, quando as ações das duas companhias passarão a ser negociadas separadamente. As ações da Log serão negociadas com o ticker LOGG3 e terão o preço indicativo definido após o fechamento do pregão desta quinta-feira, 20.

A estrutura acionária da companhia terá o fundador e presidente do conselho de administração da MRV, Rubens Menin, com cerca de 30% de participação, sendo o maior acionista. Em seguida, vem a gestora de recursos Starwood Capital, com 22%, o Bradesco, com 10%, e demais acionistas da MRV, com aproximadamente 38% dos papéis.

Durante o processo de cisão, foi definido que os acionistas da MRV receberiam 0,0741 ação da Log para cada ação da MRV detida. Também foi pedido conversão de registro de companhia aberta da Log de "B" para "A" na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que permite negociar ações. Em seguida, foi requerida adesão ao segmento especial de listagem do Novo Mercado da B3.

"Como acionista, fiquei muito satisfeito em levar duas companhias para o mercado neste ano", disse, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Rubens Menin, referindo-se à cisão (spin off) da Log Commercial Properties e à oferta inicial de ações (IPO) do banco Inter, em maio.

A próxima etapa da Log é o aumento do seu capital no valor de, no mínimo, R$ 100 milhões e, no máximo, R$ 400 milhões, cujo direito de preferência será atribuído aos acionistas da Log, incluindo, portanto, os acionistas da MRV que tenham recebido ações da companhia. Desse montante, R$ 100 milhões já têm garantia de aporte por parte da Conedi Participações, veículo de investimentos da família Menin. "É a nossa sinalização de compromisso com o negócio", afirmou Menin.

O aumento de capital será realizado em janeiro, com preço de R$ 22,00 por nova ação emitida. "Os acionistas da MRV poderão negociar os papéis agora ou, no mês que vem, terão a opção de graça de participar do aumento de capital", acrescentou.

Todos os recursos do aumento de capital serão direcionados para o desenvolvimento de novos projetos de galpões logísticos, afirmou o diretor-presidente da Log, Sérgio Fischer. A meta é chegar a 2023 com 2 milhões de metros quadrados de área bruta locável (ABL) entregue.

"Temos estrutura e um time pronto para produzir 300 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) por ano. Após o aumento de capital, o que vai confirmar esse crescimento é o cenário macroeconômico", explicou. "O mercado está aquecido. O que nos limita o crescimento, hoje, é a estrutura de capital", avaliou.

Segundo Fischer, a companhia já tem 150 mil metros quadrados de obras em andamento e que serão entregues em 2019. Desse montante, 70% já têm contratos de locação assinados. Com isso, a vacância deve permanecer em níveis baixos. De acordo com dados do balanço mais recente, a vacância chegou a 6,6% no fim de setembro. E se considerado o portfólio chamado "estabilizado", isto é, que reúne apenas os galpões já entregues há mais de 12 meses, a vacância foi de 6,1%. Esse foi o maior nível de ocupação registrado pela companhia desde 2011.

Fischer explicou que a Log tem conseguido atrair muitos inquilinos porque há pouca oferta de galpões logísticos de alto padrão nas localidades onde a empresa atua - com foco fora do eixo de Rio de Janeiro e São Paulo -, ao mesmo tempo em que há uma forte demanda de varejistas, em especial daqueles que atuam no comércio eletrônico. Outro ponto é o baixo custo da operação, o que permite oferecer um valor de aluguel competitivo. A Log atua em todo o ciclo imobiliário, passando pela prospecção de terrenos, licenciamento, construção, locação e administração do condomínio. Além disso, há economia de custo na compra de materiais em grande escala junto com a MRV.

A Log está presente em 26 cidades e nove Estados. Além disso, há mais 20 cidades mapeadas onde a direção entende que há demanda por galpões logísticos.

Estadão
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