Lucro da Ambev cresce 15,9% no 2º trimestre, para R$ 2,2 bi
A Ambev viu seu lucro avançar no segundo trimestre com ajuda da Copa e do aumento no volume de cervejas no Brasil, mas sofreu uma redução na margem de rentabilidade, pressionada pelo mix de embalagens no período.
Nesta quinta-feira, a maior empresa de bebidas da América Latina divulgou lucro líquido de R$ 2,2 bilhões entre abril e junho, alta de 15,9% na comparação anual, em linha com a previsão média de analistas em pesquisa da Reuters.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 3,3 bilhões no trimestre, alta de 2,7% sobre um ano antes, mas abaixo da projeção de analistas de R$ 3,6 bilhões.
A margem Ebitda ajustada, por sua vez, caiu 2,1 pontos percentuais, a 40,7%. Segundo a Ambev, a redução foi fruto de um efeito não recorrente do mix de embalagens, após ter investido em latinhas, que possuem menor margem que as embalagens retornáveis, além de edições especiais para a Copa do Mundo.
"Também tivemos um impacto negativo dos hedges de moeda mais altos, parcialmente compensados por hedges de commodities mais favoráveis", disse a Ambev, ao explicar avanço de 12,3% no custo dos produtos vendidos (CPV) por hectolitro no Brasil, seu princial mercado, durante o segundo trimestre.
Em comentário de desempenho, a companhia afirmou não esperar "qualquer efeito adicional significativo para o mix no segundo semestre", mantendo a projeção para o ano de crescimento de um dígito médio no CPV por hectolitro.
Entre abril e junho, o volume de cervejas no País avançou 7,2% sobre igual período do ano passado.