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Lucro da Oi cai 13% no 1º trimestre com aumento de despesas

Base pré-paga de clientes de telefonia celular subiu 3,8% sobre igual trimestre do ano passado e 1% sobre o quarto trimestre

15 mai 2014 - 08h31
(atualizado às 08h32)
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A operadora de telecomunicações Oi viu seu lucro cair no primeiro trimestre deste ano em meio a maiores despesas financeiras, enquanto sua geração de caixa subiu impulsionada pela venda de torres móveis.

Uma mulher parada ao lado do logotipo da Oi, em uma loja em São Paulo. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu na terça-feira que os controladores da operadora Oi poderão votar em assembleia sobre a fusão com a Portugal Telecom, contrariando o pedido dos acionistas minoritários da companhia, mostrou a ata de reunião do colegiado do órgão regulador divulgada na noite da véspera. 02/10/2013
Uma mulher parada ao lado do logotipo da Oi, em uma loja em São Paulo. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu na terça-feira que os controladores da operadora Oi poderão votar em assembleia sobre a fusão com a Portugal Telecom, contrariando o pedido dos acionistas minoritários da companhia, mostrou a ata de reunião do colegiado do órgão regulador divulgada na noite da véspera. 02/10/2013
Foto: Nacho Doce / Reuters

A empresa teve um recuo de 13% em seu lucro líquido no primeiro trimestre sobre um ano antes, para R$ 228 milhões, informou na madrugada desta quinta-feira.

O recuo foi impactado por um aumento das despesas financeiras líquidas de 57,1% na mesma base de comparação, a R$ 1,2 bilhão, em meio a juros maiores como consequência do maior endividamento da empresa e da alta da Selic, depreciação do real frente ao dólar e pagamento de contingências e variação sobre investimentos no exterior.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 2,957 bilhões nos três primeiros meses do ano, alta de 37,5% na comparação anual.

A Oi atribuiu o aumento no Ebitda ao ganho com a venda de torres móveis, no valor de R$ 1,3 bilhão. Excluindo este evento, o Ebtida cresceu 5,9% devido a "contínuos ganhos de eficiência e transformação de negócios", disse a companhia em comentário sobre o desempenho trimestral.

A receita líquida da Oi somou R$ 6,877 bilhões entre janeiro e março, queda de 2,% na comparação anual.

As receitas do segmento residencial somaram R$ 2,552 bilhões, queda de 0,1% sobre um ano antes. A receita líquida com telefonia móvel caiu 6,5% contra o primeiro trimestre de 2013, a R$ 2,166 bilhões.

A base pré-paga de clientes de telefonia celular subiu 3,8% sobre igual trimestre do ano passado e 1% sobre o quarto trimestre. Já a base de clientes nos serviços móveis pós-pagos, mais rentáveis, teve alta de 1% ante o mesmo período de 2013, com ligeiro avanço de 0,3% sobre o trimestre anterior.

A receita líquida média por cliente (ARPU, do inglês) atingiu R$ 73,60 no segmento residencial no período, alta de 7% na comparação anual. No segmento móvel, a ARPU totalizou R$ 18,5, queda de 9,8% sobre um ano antes.

A dívida líquida teve alta anual de 6,7%, para R$ 30,291 bilhões ao final do primeiro trimestre. Enquanto isso, o caixa disponível caiu 19,3%, a R$ 4,166 bilhões.

A operadora concluiu no início de maio sua oferta de ações para aumento de capital no contexto da fusão com a Portugal Telecom, com captação final bruta de R$ 13,96 bilhões, sendo R$ 8,25 bilhões em dinheiro e R$ 5,71 bilhões em ativos aportados pela operadora portuguesa.

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