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Lula chama de "imbecis" defensores de privatização da Petrobras; diz que Lava Jato tentou desmoralizar estatal

13 set 2024 - 12h41
(atualizado às 14h53)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "bando de imbecis" aqueles que defendem a privatização da Petrobras e afirmou que a operação Lava Jato, que apontou um enorme esquema de corrupção na estatal, não visava prender corruptos, mas sim desmoralizar a petroleira para vendê-la.

Em discurso em cerimônia de inauguração do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, Lula disse ainda que a Petrobras não serve apenas para dar lucro, mas também para prestar serviço à sociedade.

Lula declarou amor à empresa e disse que ela está no seu sangue. Prometeu atuar em seu governo para transformar a Petrobras na maior companhia de energia do mundo.

Os ativos inaugurados envolvem o gasoduto Rota 3, que vai trazer gás natural do pré-sal, juntamente com a maior unidade de processamento do insumo do Brasil.

O polo industrial entrará em operação com anos de atraso, após as obras terem sido paralisadas há cerca de dez anos e revistas pela Petrobras.

O complexo, anteriormente conhecido como Comperj, recebeu investimentos de 13 bilhões de dólares e foi importante foco das investigações de casos de corrupção pela operação Lava Jato.

Em seu discurso, Lula, que chegou a ficar 580 dias preso na Superintendências da Polícia Federal em Curitiba por condenação no âmbito da Lava Jato posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o objetivo da investigação era facilitar a privatização da Petrobras.

O presidente disse, ainda, que a inauguração do complexo era "uma reparação ao que muita gente honesta sofreu dentro da Petrobras com a denúncia da Lava Jato".

"A tentativa não era prender corrupto, a tentativa era desmoralizar a Petrobras aos olhos da sociedade brasileira para depois falar: 'vamos vender'", disse Lula.

Ele destacou que o governo anterior pensou em privatizar a estatal, mas como sabia que encontraria dificuldades políticas para viabilizar o plano, decidiu fatiar a companhia.

"Como eles sabem que o Congresso Nacional, mesmo sendo um Congresso conservador, iria criar confusão para não deixar vender a Petrobras, eles resolveram vender ativos da Petrobras", afirmou.

A BR Distribuidora, atual Vibra, e refinarias foram algumas das unidades vendidas.

O presidente questionou a eficiência e, principalmente, o retorno para a sociedade das privatizações de estatais. Ele citou como exemplo as vendas da mineradora Vale e da geradora de energia Eletrobrás.

"A Vale está melhor agora do que quando era empresa do Estado? E a Eletrobrás? A Eletrobrás quando era estatal, o presidente ganhava 60 mil por mês; hoje ele ganha, com a Eletrobrás privatizada, 360 mil fora bônus. O presidente da Vale... ganha 55 milhões por ano. O que a Vale trouxe de novo? Vende ativo em vez de investir em pesquisa ou em minerais críticos que o mundo precisa", completou.

NOVAS CRÍTICAS AO BC

No discurso, Lula defendeu o aumento do salário mínimo e geração de renda e empregos para melhorar as condições de vida dos brasileiros.

Para ele, o aumento do salário mínimo não pode ser visto como uma pressão sobre a inflação.

"Que desgraça é essa de dizer que aumentar o mínimo é inflacionário. O cara pode ganhar 360 mil por mês que não é inflacionário; o outro 55 milhões por ano que não é inflacionário. A Petrobras pode pagar 45 bi em dividendos sem pagar um centavo de Imposto de Renda que não é inflacionário", disse Lula.

"Mas aí vem um cara do Banco Central dizendo: é, aumentar o salário mínimo e essa coisa do pleno emprego pode causar inflação", acrescentou.

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