Lula defende novo crédito consignado em oposição ao saque-aniversário do FGTS
Presidente disse que não há previsão de quando o projeto do governo deve ser enviado ao Congresso
Petista detalhou o novo projeto de crédito consignado que o governo deve apresentar ao Congresso, ampliando o crédito consignado aos trabalhadores da iniciativa privada em substituição ao saque-aniversário do FGTS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu alguns detalhes sobre o novo projeto de crédito consignado que o governo deve apresentar ao Congresso e voltou atrás sobre a ideia de por fim ao saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). "Não vai acabar", disse em entrevista à rádio O Povo/CBN de Fortaleza, nesta sexta-feira, 11.
O petista disse que a ideia é ampliar o crédito consignado aos trabalhadores da iniciativa privada e, consequentemente, eles deixariam de escolher a modalidade do saque-aniversário.
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"Agora, a gente quer fazer isso, sem nenhum problema. E acho que os trabalhadores vão concordar que se eles tiverem o crédito consignado, eles não precisam comprometer o fundo de garantia. Porque hoje o trabalhador que recebeu uma parte do fundo de garantia, ele não pode retirar nem se ele for mandado embora. É um absurdo", defendeu Lula.
Antes, o jornal Estadão havia adiantado que o governo está realizando ajustes em uma plataforma que pretende unir os trabalhadores da iniciativa privada com as instituições financeiras, em uma espécie de "leilão" por crédito. Através dessa plataforma, a negociação seria feita pelo trabalhador e o banco, sem precisar da intermediação da empresa privada, que é como acontece atualmente.
O presidente Lula acrescentou, porém, que ainda não há previsão de quando a proposta será levada ao Congresso.
"Eu não sei se dá para fazer esse ano ainda, porque nós discutimos isso há muitos meses atrás. Mas o ministro do Trabalho fica pesquisando, fica discutindo com a Fazenda. E é importante que a gente não tenha pressa de fazer, para não fazer alguma coisa errada", afirmou.
Lula complementou que antes de enviar qualquer matéria para o Congresso Nacional, ele precisa conversar com as lideranças da Casa Legislativa. Senão, "tripudiam" dos projetos que são enviados.