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Lula diz que governo fará bloqueio de despesas orçamentárias "sempre que precisar"

Governo congelará R$ 15 bi do orçamento; serão R$ 11,2 bi de bloqueio e R$ 3,8 bi de contingenciamento

22 jul 2024 - 12h31
(atualizado às 12h43)
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O presidente afirmou que a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 anunciada na quinta-feira não foi a primeira a ser feita pelo governo.
O presidente afirmou que a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 anunciada na quinta-feira não foi a primeira a ser feita pelo governo.
Foto: Reprodução/Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que o governo fará congelamento de despesas orçamentárias sempre que necessário e afirmou que traz a questão da responsabilidade fiscal nas "entranhas".

"Sempre que precisar bloquear nós vamos bloquear", disse Lula em entrevista a jornalistas de agências internacionais no Palácio da Alvorada.

O presidente afirmou que a contenção de 15 bilhões de reais no Orçamento de 2024 anunciada na quinta-feira não foi a primeira a ser feita pelo governo e frisou que, se gastar mais do que arrecada, o país "vai quebrar". Ao mesmo tempo, ponderou que a gestão orçamentária à frente vai depender do comportamento das receitas.

"O mesmo dinheiro que você precisa cortar agora, você pode não precisar cortar daqui a dois meses, depende da arrecadação", disse.

Lula também voltou a fazer fortes críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cujo mandato termina no final de dezembro, e disse que fará a indicação de seu substituto a hora que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falar com ele sobre o assunto.

"Eu espero que a gente encontre uma pessoa que seja, do ponto de vista técnico, muito competente; seja, do ponto de vista político, muito honesto e muito sério; e que seja uma pessoa que efetivamente ganhe autonomia pela sua respeitabilidade, pelo seu comportamento", afirmou.

Lula disse sempre ter sido contra a autonomia do BC, mas afirmou duvidar que Campos Neto tenha mais autonomia do que Henrique Meirelles, que presidiu o BC ao longo dos seus primeiros dois mandatos (2003-2010), quando a lei da autonomia da autarquia ainda não havia sido aprovada.

"Como pode um rapaz que se diz autônomo, presidente do Banco Central, estar incomodado com o fato do povo mais humilde estar ganhando aumento de salário?", questionou Lula, em referência a Campos Neto.

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