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Lula diz que irá criar 'um País de classe média' e que não haverá irresponsabilidade fiscal

Em entrevista a jornalistas, presidente afirma que governo pode discutir novas medidas de corte de gastos neste ano, mas deixa claro que não será sua prioridade: 'Se depender de mim, não tem outra'

30 jan 2025 - 12h43
(atualizado às 16h42)
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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 30, que seu objetivo é controlar a economia do Brasil e discutir o que interessa à maioria das pessoas: gerar renda e emprego. "Eu quero criar um País de classe média, e eu vou criar." Ele disse que a reforma tributária trará "muito mais capacidade de investimento e arrecadação" e reiterou que, "neste governo, não haverá irresponsabilidade fiscal". "O que eu não posso é levar ao povo mais humilde o sacrifício."

Lula disse que pretende manter políticas de inclusão social e reajustes no salário mínimo acima da inflação, ainda que tenha alterado a regra no fim do ano passado para limitar esse crescimento ao cálculo estabelecido pelo novo arcabouço fiscal. Afirmou ainda que o governo pode discutir, ao longo de 2025, novas medidas de corte ou contenção de gastos, mas deixou claro que essa não será uma prioridade deste ano.

"Não tenho outra medida fiscal (planejada para 2025). Se apresentar, durante o ano, a necessidade de fazer alguma coisa, vou reunir o governo e discutir. Mas, se depender de mim, não tem outra medida fiscal. O que vamos agora é pensar no desenvolvimento sustentável deste País, mantendo a estabilidade fiscal e sem fazer com que o povo pobre pague o preço de alguma irresponsabilidade de um corte fiscal desnecessário", afirmou.

O presidente repetiu a história que conta com frequência sobre ter aprendido sobre responsabilidade fiscal com sua mãe e disse que "não podemos gastar mais do que temos capacidade de arrecadar". Também falou que tem "muita responsabilidade fiscal" com o País.

Durante entrevista, Lula afirmou que estabilidade fiscal é uma 'questão muito importante para este governo e para mim'
Durante entrevista, Lula afirmou que estabilidade fiscal é uma 'questão muito importante para este governo e para mim'
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

"Se tivermos de fazer investimento para aumentar um ativo do Brasil, vamos fazer uma dívida saudável. Uma dívida para construir algo benéfico para o povo brasileiro. Fora disso, se a gente começar a gastar aquilo que não tem, chega um dia em que a gente quebra."

Lula questionou as críticas contra o governo em relação ao déficit fiscal que deve ser registrado neste ano. "O que aconteceu com o déficit fiscal? (Vai ser) De 0,1% (do PIB), que é 0. Não é 2,5% (do PIB), como recebemos, é 0. Vai ser assim, porque tenho muita responsabilidade", declarou.

Lula cobrou um pedido de desculpas daqueles que criticaram o governo. "As pessoas que ficaram o ano todo falando em déficit fiscal deveriam pedir desculpa ao (Fernando) Haddad", afirmou. "As pessoas que falam coisas erradas, que depois não acontecem, não têm a humildade de falar que erraram", completou.

Na entrevista, o presidente destacou que estabilidade fiscal é uma "questão muito importante para este governo e para mim". "A gente quer estabilidade fiscal e queremos o menor déficit possível", afirmou.

Lula voltou a dizer que "não existe rombo fiscal" em seu governo e que somente houve rombo no governo passado, de Jair Bolsonaro (PL). "Se não fosse a tragédia no Rio Grande do Sul teríamos feito superávit pela primeira vez em muitas décadas."

Isenção do Imposto de Renda

Sobre a proposta de isenção do imposto de renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, Lula disse que há apenas um ajuste a ser feito antes de enviar ao Congresso.

"Estamos preparando para mandar ao Congresso, tem apenas um ajuste, porque toda vez que vai tirar uma coisa, tem que fazer a compensação. Ainda ontem (quarta-feira, 29) conversei com (o ministro da Fazenda, Fernando) Haddad, e logo, logo a gente vai dar entrada", disse.

Estadão
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