Script = https://s1.trrsf.com/update-1739280909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Lula diz que irá pedir explicações a empresários sobre aumento nos preços dos alimentos

Presidente afirmou que não tomará nenhuma medida 'daquelas que são bravatas' para conter a inflação e que o governo quer aumentar produção e financiar modernização da pequena e média agricultura

30 jan 2025 - 12h59
(atualizado às 13h07)
Compartilhar
Exibir comentários
Lula afirmou que governo não fará nada que possa 'significar surgimento do mercado paralelo'
Lula afirmou que governo não fará nada que possa 'significar surgimento do mercado paralelo'
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai conversar com empresários para pedir explicações sobre o aumento dos preços dos alimentos, principalmente do óleo de soja e da carne.

"Quando eu cheguei à Presidência, o preço do óleo de soja tinha caído para R$ 4, agora subiu para R$ 9, R$ 10, ou seja, qual é a explicação?", questionou em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto. "Não tenho outra coisa a não ser chamar os produtores para saber por que o preço da carne, que tinha caído 30%, voltou a subir."

Segundo Lula, o aumento dos preços de comida que vão na cesta básica é sempre muito ruim, porque aflige as pessoas mais pobres. "Não tem sentido fazer um sacrifício enorme de fazer políticas públicas para fazer com que o dinheiro chegue na ponta e depois esse dinheiro ser comido pela inflação", disse o presidente.

Lula garantiu que não tomará nenhuma "medida daquelas que são bravatas" para conter a inflação dos alimentos e que o governo quer aplicar medidas como aumentar produção e financiar a modernização da pequena e média agricultura. "Não faremos nada que possa significar surgimento do mercado paralelo", afirmou.

Monitoramento dos preços

Mais cedo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o governo fará trabalho de "constante acompanhamento" dos preços dos alimentos. "Vamos acompanhar o que está acontecendo no mundo dos alimentos, as condições, perspectivas, carências. Para que isso, então, possa ser desdobrado em ações", afirmou após reunião no Ministério da Fazenda.

As possíveis ações para controlar a inflação sobre os alimentos, segundo Fávaro, não incluem, até o momento, ajustes sobre a alíquota de importação. "A reunião de hoje não tratou de medidas", disse. As reuniões do governo sobre o tema serão realizadas semanalmente.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, disse que a preocupação do governo é como aumentar a produção de alimentos e não sobre adoção de medidas "heterodoxas".

"O governo não vai adotar nenhuma medida heterodoxa em relação a alimentos no Brasil. Nossa preocupação é como aumentar a produção de alimentos, tendo em vista que aumentou o consumo, isso é muito bom, no Brasil e no mundo", afirmou Teixeira.

De acordo com Teixeira, a preocupação de Lula é com a oferta de alimentos no Brasil e com os preços dos alimentos da cesta básica. "Vamos regularmente nos reunir para acompanhar a evolução e as tendências da produção de alimentos no Brasil e no mundo", afirmou Teixeira.

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, afirmou que a proposta da criação de uma rede popular de abastecimento para regiões periféricas não está em discussão. "Não tem debate sobre isso", disse.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a proposta foi apresentada pela Conab e tinha o aval do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. A ideia era criar uma rede popular de abastecimento onde o preço dos alimentos é avaliado como alto para diminuir a distância da produção de alimentos e levar esses alimentos para as redes mais afastadas e carentes. Um modelo piloto de sacolões populares estava sendo estudado em Belém (PA).

A medida, entretanto, foi descartada. Na última semana, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que nenhuma medida como a criação de uma rede estatal de alimentos foi discutida no Executivo, nem sequer colocada em debate nas reuniões no Palácio do Planalto./Com Luiz Araújo e Isadora Duarte

Estadão
Compartilhar
TAGS
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se
Publicidade
Seu Terra












Publicidade