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Lula indica Gabriel Galípolo para suceder Campos Neto na presidência do Banco Central

Diretor do BC precisa passar por nova sabatina no Senado; Galípolo foi presidente do Banco Fator, entre 2017 e 2021, e se aproximou da cúpula petista no final de 2021, ainda antes da pré-campanha para as eleições presidenciais

28 ago 2024 - 15h35
(atualizado às 15h49)
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Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, foi indicado por Lula para suceder Roberto Campos Neto na presidência do órgão
Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, foi indicado por Lula para suceder Roberto Campos Neto na presidência do órgão
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou o economista Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central, para suceder Roberto Campos Neto na presidência da instituição. O anúncio foi feito no Palácio do Planalto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta tarde de quarta-feira, 28. Conforme o ministro, Lula encaminhará ainda hoje o nome de Galípolo ao Senado, responsável por sabatiná-lo.

"Hoje, ele está encaminhando ao Senado Federal, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ao senador Vanderlan Cardoso, presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), o indicado dele para a presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo", disse Haddad a jornalistas, no Palácio do Planalto.

Galípolo, que sempre foi o favorito na bolsa de apostas para o cargo, agora será sabatinado pelo Senado Federal. Em abril, o Estadão antecipou que o anúncio do novo nome seria feito mais cedo, de modo que as sabatinas ocorressem ainda em 2024 e a transição fosse "suave e colaborativa".

O cargo de Campos Neto à frente do BC se encerra em 31 de dezembro. Essa, portanto, será a primeira substituição na presidência sob o sistema de mandatos fixos no Banco Central, iniciado em 2021, com a aprovação da lei de autonomia operacional da instituição.

Formado em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com mestrado em economia política pela mesma instituição, Galípolo foi presidente do Banco Fator, entre 2017 e 2021, e se aproximou da cúpula petista no final de 2021, ainda antes da pré-campanha para as eleições presidenciais.

Com a vitória de Lula, teve papel importante durante a transição. No início do mandato, em janeiro de 2023, assumiu a Secretaria-Executiva da Fazenda, sendo o número 2 da pasta e atuando como braço direito do ministro Fernando Haddad. Em maio do mesmo ano, foi indicado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central.

Na semana passada, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que não via empecilhos para aprovar na Casa uma eventual indicação de Galípolo à presidência da autarquia.

Reforçando os indícios de que o atual diretor de Política Monetária do BC era o escolhido para assumir a presidência da instituição, o senador comentara na ocasião: "O Galípolo é o nome que está em alta, eu não sei se vai ser ele, não sou eu que escolho". Quando indagado sobre se Galípolo seria aprovado no Senado, o parlamentar respondeu: "Eu não vejo problema, sinceramente não vejo problema".

Demais indicados

O ministro informou que, agora, o governo começa a trabalhar nas indicações para os três outros diretores que precisam ser nomeados. Os mandatos do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, e dos diretores de Regulação e Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta terminam em 31 de dezembro. Com a escolha de Galípolo, o governo também terá de indicar um novo diretor de Política Monetária.

"Oportunamente, nós devemos, depois de entrevistar e tomar a decisão junto ao presidente da República, indicar os três diretores que vão compor a nova diretoria", disse Haddad.

Estadão
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